Alckmin e Meirelles no encontro no Palácio dos Bandeirantes
(Foto: Thiago Romero)

Estopim do gás natural é aceso
29 de janeiro de 2004

Governador Geraldo Alckmin ratifica, em reunião no Palácio dos Bandeirantes, a importância do gás natural como matriz energética. A intenção é transformar São Paulo em modelo de apoio para o desenvolvimento de um novo estágio energético no Brasil

Estopim do gás natural é aceso

Governador Geraldo Alckmin ratifica, em reunião no Palácio dos Bandeirantes, a importância do gás natural como matriz energética. A intenção é transformar São Paulo em modelo de apoio para o desenvolvimento de um novo estágio energético no Brasil

29 de janeiro de 2004

Alckmin e Meirelles no encontro no Palácio dos Bandeirantes
(Foto: Thiago Romero)

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - O consumo de gás natural no Estado de São Paulo multiplicou nos últimos anos. Hoje, são utilizados 12 milhões de metros cúbicos por dia no transporte coletivo e a capital paulista responde por dois terços do consumo total.

"Mas ainda trabalhamos com uma expectativa de crescimento bem maior, seja por causa do preço, seja pela competitividade na indústria", disse o governador Geraldo Alckmin, em evento realizado no Palácio dos Bandeirantes, na quinta-feira (29/1). O objetivo do evento foi reafirmar a importância do gás natural como matriz energética. Para ressaltar a opinião, o governador anunciou, durante a reunião, uma queda no preço do gás, tanto o de uso doméstico como industrial, que entra em vigor em 1º de fevereiro no Estado.

Se depender do Governo Estadual, São Paulo deverá se tornar um modelo de apoio para o desenvolvimento de um novo estágio energético para o país, que incorpore o gás natural como uma energia viável e possível.

"A intenção é criar, a partir de agora, a infra-estrutura necessária para o rápido crescimento do consumo", disse João Carlos de Souza Meirelles, secretário de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, que também participou do encontro.

Meirelles não tem dúvida de que a própria indústria automobilística, num futuro próximo, irá se dobrar ao gás natural. "Tenho absoluta certeza que chegaremos num ponto em que os fabricantes terão que produzir veículos tricombustíveis, que funcionem tanto com gasolina, como com álcool ou gás", disse.

Um dos representantes do setor privado na reunião, José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da General Motors do Brasil, lembrou que a indústria automobilística apenas investiu em automóveis bicombustíveis porque houve colaboração governamental. A redução efetiva do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) foi considerada um ponto fundamental pelo executivo.

Um dos resultados efetivos do encontro foi a decisão de criar um Comitê do Gás Natural, que irá reunir várias secretarias e representantes do setor privado.

Alckmin assinou uma autorização para que as secretarias de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, de Recursos Hídricos e Saneamento, de Transportes e de Transportes Metropolitanos e de Energia e Meio Ambiente formassem o grupo de trabalho. "Essa ação vai servir para que possamos implementar com mais força em São Paulo a política do gás natural na linha do desenvolvimento", disse o governador.


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