Saber quantas mortes ocorreram em um país no ano e por qual motivo é fundamental para que políticas públicas possam ser mais bem implantadas nas áreas sociais. Estudo da ONU mostra que a qualidade dos dados coletados no Brasil sobre causas de mortes é apenas regular
Saber quantas mortes ocorreram em um país no ano e por qual motivo é fundamental para que políticas públicas possam ser mais bem implantadas nas áreas sociais. Estudo da ONU mostra que a qualidade dos dados coletados no Brasil sobre causas de mortes é apenas regular
Segundo revela um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), essa ausência de dados é muito mais comum do que se pode imaginar. Uma grande análise da qualidade dos dados sobre óbitos feita em todo o mundo, e publicada no boletim de março da instituição internacional, mostra uma situação bem distante da ideal.
No fim de 2003, apenas 115 países do mundo tinham dados sobre a morte de seus cidadãos. Desse total, apenas 23 nações dispunham de registros completos em mais de 90% dos casos. Outros dois grupos, com dados de qualidade média e ruim, foram mapeados pela ONU. O Brasil está nesse primeiro conjunto, ao lado de mais 54 países. O grupo dos piores, a maior parte na África, tem 28 integrantes.
A série de dados com a quantidade de mortes do Brasil disponível hoje vai de 1974 até 2000. A qualificação dessas mortes teve início em 1977. O que surpreendeu os pesquisadores da ONU é que vários países europeus, como Portugal, Polônia e Grécia, entraram no grupo dos piores, ao lado de várias nações africanas.
"É urgente que os países implantem formas de registro ou melhore os seus sistemas já existentes. Esse é o único caminho para que se possa conhecer, da forma mais rápida possível, as estatísticas sanitárias do mundo", afirma o estudo da ONU.
Para ler a pesquisa na íntegra, clique aqui.
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