Estatísticas vitais
06 de abril de 2005

Saber quantas mortes ocorreram em um país no ano e por qual motivo é fundamental para que políticas públicas possam ser mais bem implantadas nas áreas sociais. Estudo da ONU mostra que a qualidade dos dados coletados no Brasil sobre causas de mortes é apenas regular

Estatísticas vitais

Saber quantas mortes ocorreram em um país no ano e por qual motivo é fundamental para que políticas públicas possam ser mais bem implantadas nas áreas sociais. Estudo da ONU mostra que a qualidade dos dados coletados no Brasil sobre causas de mortes é apenas regular

06 de abril de 2005

 

Agência FAPESP - Registrar todas as mortes que ocorreram em um país. Tabular a idade e o sexo do morto. Com base em uma opinião médica, ter certeza do que causou aquele óbito. Apesar de básicas, essas informações essenciais nem sempre estão disponíveis aos profissionais de saúde ou para os formadores de políticas públicas.

Segundo revela um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), essa ausência de dados é muito mais comum do que se pode imaginar. Uma grande análise da qualidade dos dados sobre óbitos feita em todo o mundo, e publicada no boletim de março da instituição internacional, mostra uma situação bem distante da ideal.

No fim de 2003, apenas 115 países do mundo tinham dados sobre a morte de seus cidadãos. Desse total, apenas 23 nações dispunham de registros completos em mais de 90% dos casos. Outros dois grupos, com dados de qualidade média e ruim, foram mapeados pela ONU. O Brasil está nesse primeiro conjunto, ao lado de mais 54 países. O grupo dos piores, a maior parte na África, tem 28 integrantes.

A série de dados com a quantidade de mortes do Brasil disponível hoje vai de 1974 até 2000. A qualificação dessas mortes teve início em 1977. O que surpreendeu os pesquisadores da ONU é que vários países europeus, como Portugal, Polônia e Grécia, entraram no grupo dos piores, ao lado de várias nações africanas.

"É urgente que os países implantem formas de registro ou melhore os seus sistemas já existentes. Esse é o único caminho para que se possa conhecer, da forma mais rápida possível, as estatísticas sanitárias do mundo", afirma o estudo da ONU.

Para ler a pesquisa na íntegra, clique aqui.


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