Destaque da Expo 2005, no Japão, a Actroid fala quatro idiomas, localiza os olhos do interlocutor e usa saia (foto: divulgação)

Estado da arte em robôs
06 de abril de 2005

Feira Mundial Expo 2005, no Japão, apresenta alguns dos mais avançados sistemas robotizados, como a Actroid, que usa saia, fala quatro idiomas e localiza os olhos do interlocutor

Estado da arte em robôs

Feira Mundial Expo 2005, no Japão, apresenta alguns dos mais avançados sistemas robotizados, como a Actroid, que usa saia, fala quatro idiomas e localiza os olhos do interlocutor

06 de abril de 2005

Destaque da Expo 2005, no Japão, a Actroid fala quatro idiomas, localiza os olhos do interlocutor e usa saia (foto: divulgação)

 

Agência FAPESP - Robôs que deslizam sobre rodas, que andam e que falam. Têm modelos que coletam lixo, outros que aspiram o pó da casa e alguns que só servem mesmo para brincar. Alguns exibem uma profusão de fios e parafusos, outros são mais bem acabados, a ponto de parecer, se não gente de verdade, ao menos bonecas mais interessantes.

O estado da arte em robótica está reunido próximo à cidade de Nagoya, no Japão, onde começou a Feira Mundial Expo 2005, que vai até 25 de setembro. São seis meses em que os organizadores esperam receber mais de 10 milhões de visitantes de todo o mundo, curiosos para conhecer as principais novidades tecnológicas de hoje e, principalmente, dos próximos anos.

Nos primeiros dias do evento, a maior atração tem sido uma robô chamada Actroid, construída pelas empresas japonesas Advanced Media e Kokoro Dreams. Com traços delicados, e capaz de falar em japonês, inglês, chinês e coreano, a Actroid dá as boas-vindas aos visitantes, divertindo-os com gestos e respostas às perguntas que recebe. Capaz de localizar os olhos do interlocutor e com um vocabulário de mais de 40 mil palavras para cada língua, é um exemplo do que há de mais avançado no setor.

Para Gerard McKee, da Universidade de Reading, no Reino Unido, a Actroid, apesar do sucesso, ainda está longe de ser eficiente na proposta de interagir com humanos. "É preciso que o sistema não apenas tenha as respostas corretas, mas saiba quando usá-las nas situações apropriadas", disse à revista New Scientist.

Mas, mesmo enquanto um eficiente robô humanóide não é construído, outros modelos continuam a atrair a atenção. Outro exemplo da Expo 2005 é o PaPeRo, desenvolvido pela NEC, que parece um simples brinquedo. Entretanto, por trás da aparência despretensiosa está uma tecnologia de reconhecimento de som e imagem que permite com que o robozinho identifique crianças e as chame pelo nome.

O PaPeRo lê histórias, sugere e participa de jogos e chama os pais caso os pequenos comecem a chorar. Pode ainda enviar fotos dos amiguinhos por ondas de rádio para o telefone celular da mãe ou do pai.

Outros robôs de destaque na Feira Mundial foram construídos para segurança de residências e empresas e para auxiliar pessoas com deficiências físicas, como o feito pela Fujitsu, que se move sobre rodas e guia o acompanhante humano por percursos pré-programados. O modelo consegue evitar até mesmo novos obstáculos, graças a um sistema de visão artificial.

Expo 2005: www-2.expo2005.or.jp/en


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