Pesquisadores europeus identificam em esponja substância com potencial para o combate à malária (foto: Georges Bargibant/IRD)

Esponja antimalária
15 de julho de 2004

Pesquisadores europeus identificam na esponja da espécie Oceanapia fistulosa substância com potencial para o combate à malária, ressaltando a importância dos organismos marinhos como reservatórios de substâncias medicinais

Esponja antimalária

Pesquisadores europeus identificam na esponja da espécie Oceanapia fistulosa substância com potencial para o combate à malária, ressaltando a importância dos organismos marinhos como reservatórios de substâncias medicinais

15 de julho de 2004

Pesquisadores europeus identificam em esponja substância com potencial para o combate à malária (foto: Georges Bargibant/IRD)

 

Agência FAPESP - A ciência identificou até hoje cerca de 145 mil substâncias naturais em todo o mundo. Dentro desse universo, 10% foram obtidas a partir da pesquisa de organismos marinhos. Um estudo publicado no The Journal of Organic Chemistry, acaba de reforçar a importância medicinal desses seres que vivem nos mares e oceanos.

A pesquisa, feita por cientistas do Instituto de Pesquisas para o Desenvolvimento e do Centro Nacional de Pesquisa Científica, ambos da França, e da Universidade de Trento, da Itália, mostra que as esponjas da espécie Oceanapia fistulosa podem se tornar importantes aliadas no combate à malária. O estudo conseguiu classificar nas esponjas 25 componentes, 17 dos quais novas variantes.

A substância identificada e testada em laboratório contra o P. falciparum, causador da malária, é da família dos alcalóides. Os pesquisadores não tinham conhecimento de que esse composto químico também poderia ser encontrado na O. fistulosa. Em pesquisas anteriores, os mesmos componentes, com um forte poder antibacteriano, foram identificados em outro gênero de esponjas, o Phloeodictyon.

Uma das diferenças biológicas importantes entre as duas espécies é que a O. fistulosa vive em ambientes coralinos na Nova Caledônia, no Oceano Pacífico. Ela pode ser encontrada em profundidades mais rasas, e com mais facilidade, que o outro gênero, típico de profundezas maiores.

O próximo passo do grupo de pesquisa europeu, que já tem um acordo para o desenvolvimento de novas drogas com a indútria Pierre Fabre, é testar os compostos e a capacidade antimalária deles, in vivo.


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