Román Arjona, secretário-geral de Ciência, Tecnologia e Inovação da Espanha, afirma que país tem no Brasil um sócio estratégico e instrumento para esse incremento (foto: Cons. Lisboa)
Secretário-geral de Ciência, Tecnologia e Inovação da Espanha afirma que país tem no Brasil um sócio estratégico e instrumento para esse incremento
Secretário-geral de Ciência, Tecnologia e Inovação da Espanha afirma que país tem no Brasil um sócio estratégico e instrumento para esse incremento
Román Arjona, secretário-geral de Ciência, Tecnologia e Inovação da Espanha, afirma que país tem no Brasil um sócio estratégico e instrumento para esse incremento (foto: Cons. Lisboa)
Por Carlos Eduardo Lins da Silva, de Madri
Agência FAPESP – "O Brasil é um sócio estratégico da Espanha, mas ainda há necessidade de aumentar a colaboração em ciência e tecnologia e de espaço para fazer isso. A FAPESP pode ser um instrumento para viabilizar esse aumento", disse Román Arjona, secretário-geral de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Economia e Competitividade da Espanha, nesta quinta-feira (13/12), em Madri.
Arjona participou da sessão inaugural da etapa madrilena do simpósio “Fronteras de la Ciencia – Brasil y España en los 50 años de la FAPESP, que a FAPESP, a Universidade de Salamanca e a Casa do Brasil realizam esta semana na Espanha. O simpósio integra as comemorações dos 50 anos da FAPESP.
O secretário-geral lembrou que a Espanha tem sido o terceiro maior investidor estrangeiro no Brasil, mas ressaltou que esses investimentos têm se concentrado no setor de serviços e que ciência e tecnologia são áreas em que há necessidade de aumentar o intercâmbio e espaço para fazê-lo crescer.
Segundo ele, seu país tem de melhorar seu próprio desempenho em inovação, e para isso o governo está implantando reformas para colocá-lo em consonância com outros da União Europeia. Nesse contexto, a aproximação com o Brasil, e com o Estado de São Paulo especificamente, tem relevância, “já que São Paulo é responsável por metade da pesquisa feita no Brasil”.
A sessão de abertura em Madri foi comandada pelo vice-presidente da FAPESP, Eduardo Moacyr Krieger, e contou com a participação do ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil em Madri, Pedro Miguel da Costa e Silva, além do diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, que fez uma exposição sobre ciência e tecnologia no Estado de São Paulo.
Além de conversar com Arjona, Brito Cruz tem tido reuniões em Madri com dirigentes de entidades de fomento à pesquisa e dirigentes universitários espanhóis para explorar possibilidades de expandir a cooperação da FAPESP com congêneres e instituições de ensino superior e pesquisa na Espanha.
A FAPESP tem um acordo de cooperação em vigor com a Universidade de Salamanca, a qual terá na semana que vem a primeira chamada de pesquisas.
Costa e Silva mencionou que a Casa do Brasil, que sedia o simpósio na capital espanhola, também comemora em 2012, como a FAPESP, o seu Jubileu de Ouro.
A entidade oferece residência a estudantes e professores, promove formação cultural e científica e a prática de esportes à comunidade universitária e funciona também como Centro Cultural, ajudando a divulgar a cultura e a realidade brasileiras por meio de exposições e shows de artistas brasileiros.
A iniciativa de construir a Casa do Brasil foi de Juscelino Kubitschek de Oliveira (1902-1976), que como presidente eleito visitou a Espanha e achou necessário criar um espaço para os muitos estudantes universitários brasileiros que estudavam na Espanha. O projeto da casa é do arquiteto Luis Afonso d’Escragnolle Filho.
Costa e Silva disse que o evento que comemora os 50 anos da FAPESP se constitui em “um fecho de ouro” para 2012, quando a casa passou por importantes reformas estruturais e recebeu a visita de inúmeras autoridades brasileiras. “Ciência e tecnologia são temas importantes para a atualização das relações tradicionalmente boas entre Brasil e Espanha”, disse.
Após a sessão de abertura, foi inaugurada a exposição “Naturaleza Brasileña: Mistério y Destino”, que mostra reproduções de gravuras de Carl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868) e compara as imagens produzidas no século 19 com fotografias atuais de plantas e biomas, além de retratar alguns dos resultados de pesquisas do projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo e do programa BIOTA-FAPESP.
O secretário-geral Arjona, o ministro-conselheiro Costa e Silva, o diretor da Casa do Brasil, Cássio Roberto de Almeida Romano, e o segundo secretário da Embaixada do Brasil em Madri, Igor de Carvalho Sobral, foram homenageados com a entrega de uma das reproduções de gravuras de von Martius, em reconhecimento a seu empenho para a realização do simpósio.
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