Sistema piloto, quando estiver instalado no novo prédio da Feagri, vai tratar 60% do volume total do esgoto gerado (Foto: Neldo Cantanti/Unicamp)
Pesquisadores da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp desenvolveram novo sistema de tratamento de esgoto. O reúso dos resíduos vai reduzir o consumo de água não-potável da faculdade
Pesquisadores da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp desenvolveram novo sistema de tratamento de esgoto. O reúso dos resíduos vai reduzir o consumo de água não-potável da faculdade
Sistema piloto, quando estiver instalado no novo prédio da Feagri, vai tratar 60% do volume total do esgoto gerado (Foto: Neldo Cantanti/Unicamp)
Agência FAPESP - Graças a um protótipo de baixo custo feito para o reúso do esgoto, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estão conseguindo economizar água na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri).
O sistema piloto, desenvolvido na própria faculdade, é usado para o fornecimento de água não-potável. "Com a metodologia, a água tratada fica livre de patógenos e pode ser utilizada novamente na agricultura ou para limpeza de ambientes", disse Edson Abdul Nour, coordenador do projeto, à Agência FAPESP.
O esgoto passa por cinco unidades em série. A primeira é um reator anaeróbio, que trata o esgoto bruto. O efluente é levado para a segunda unidade, chamada de leitos cultivados, onde as raízes das plantas lá existentes realizam a contenção dos microrganismos.
Na terceira unidade, a água passa pelos tanques com brita ou pedaços de bambus cultivados com macrófitas. Em seguida, na quarta etapa, ocorre a ação dos filtros compostos de areia. Na quinta unidade é realizada a desinfecção, deixando a água com condições para ser reutilizada.
A previsão dos pesquisadores é que a metodologia seja adotada em todo o novo prédio da Feagri, que será construído em breve. As novas instalações serão planejadas com dupla tubulação de captação de água, para que os banheiros também possam ser abastecidos com água de esgoto tratada. "Quando o sistema estiver funcionando, a intenção é tratar 60% do volume total do esgoto gerado pela Feagri", disse Nour.
O pesquisador acredita que uma aplicação alternativa para o sistema seria em comunidades carentes. "Todos os objetos necessários para a implementação da tecnologia podem ser encontrados em qualquer casa de material de construção, com um custo acessível", disse Nour.
"Com isso, é possível oferecer melhores condições de saneamento básico para pequenos núcleos habitacionais e comunidades rurais de algumas regiões do país", acredita. O projeto foi financiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), por meio do Programa de Pesquisa em Saneamento Básico (Prosab).
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