Festus Mogae, presidente de Botsuana, pediu auxílio internacional para combater a aids
(foto: ONU)

Esforços multiplicados
26 de julho de 2005

Na 3ª Conferência da Sociedade Internacional de Aids, no Rio de Janeiro, participantes como Festus Mogae, presidente de Botsuana, reforçam a importância de que os interesses sociais fiquem na frente das preocupações econômicas

Esforços multiplicados

Na 3ª Conferência da Sociedade Internacional de Aids, no Rio de Janeiro, participantes como Festus Mogae, presidente de Botsuana, reforçam a importância de que os interesses sociais fiquem na frente das preocupações econômicas

26 de julho de 2005

Festus Mogae, presidente de Botsuana, pediu auxílio internacional para combater a aids
(foto: ONU)

 

Por Washington Castilhos, do Rio de Janeiro

Agência FAPESP - "Os interesses econômicos da indústria farmacêutica não podem nunca se sobrepor aos interesses da sociedade." A afirmação, feita por Octávio Valente, presidente do Grupo pela Vida do Rio de Janeiro, organização não-governamental de defesa dos direitos de pessoas que vivem com Aids, teve a sustentação de boa parte dos presentes na cerimônia de abertura da 3ª Conferência da Sociedade Internacional de Aids (IAS) sobre Patogênese e Tratamento do HIV/Aids, no domingo (24/7), no Rio de Janeiro.

Com tom conciliador, o observador Stephen Lewis, que trabalha para a Organização das Nações Unidas (ONU), uma das vozes da abertura, reforçou, mais do que nunca, a importância de que o termo juntar esforços seja bastante utilizado.

"Esse é um encontro de cientistas e experts em Aids. Não sou cientista nem especialista. Sou apenas um observador. Nos últimos quatro anos, tenho viajado pela África vendo pessoas morrer. Reconheço que o trabalho científico requer tempo. Mas a pandemia de Aids já dura 25 anos, e as respostas continuam inadequadas", afirmou.

Lewis questionou também os resultados do encontro do grupo dos oito países mais ricos do mundo, que, segundo ele, foi um desapontamento. O representante da ONU lamentou pelas mulheres infectadas e pelos órfãos da epidemia. "A proliferação dos órfãos tornou-se um pesadelo na África. Muitos de nós achamos que estamos distantes da realidade africana. Mas não estamos. É hora de somar forças."

O presidente de Botsuana, Festus Mogae, último a discursar, reiterou a posição de Lewis. O país tem um índice de prevalência da doença de 40% entre a população adulta. "Precisamos da contribuição internacional", declarou.


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