Cientistas conseguem registrar, pela primeira vez, uma erupção vulcânica submarina. O fenômeno ocorreu no Oceano Pacífico, a cerca 2,5 mil metros de profundidade (foto: Science)

Erupção profunda
27 de novembro de 2006

Cientistas conseguem registrar, pela primeira vez, uma erupção vulcânica submarina. O fenômeno ocorreu no Oceano Pacífico, a cerca de 2,5 mil metros de profundidade

Erupção profunda

Cientistas conseguem registrar, pela primeira vez, uma erupção vulcânica submarina. O fenômeno ocorreu no Oceano Pacífico, a cerca de 2,5 mil metros de profundidade

27 de novembro de 2006

Cientistas conseguem registrar, pela primeira vez, uma erupção vulcânica submarina. O fenômeno ocorreu no Oceano Pacífico, a cerca 2,5 mil metros de profundidade (foto: Science)

 

Agência FAPESP - Geólogos norte-americanos conseguiram detectar e registrar pela primeira vez uma erupção vulcânica submarina. O fenômeno ocorreu no Oceano Pacífico, a cerca de 650 quilômetros da costa do México.

A equipe liderada por Maya Tolstoy, da Universidade Colúmbia, e Mike Perfit, da Universidade da Flórida, captou a erupção por meio de sismógrafos instalados a 2,5 mil metros de profundidade ao longo da cadeia do Pacífico Leste.

De acordo com os pesquisadores, a coincidência foi um fator fundamental para conseguir o registro. O motivo é que havia instrumentos instalados no local no momento exato da erupção. Um estudo que descreve o registro foi publicado na edição de 24 de novembro da revista Science.

O registro indica como novas crostas do fundo do oceano se formam em local de erupção. A cadeia do Pacífico Leste é parte da cadeia mesoceânica, onde placas tectônicas se afastam gradualmente, liberando magma vulcânico.

A região foi uma das três áreas de alta intensidade vulcânica escolhidas na década de 1990 para pesquisas intensas ligadas ao programa Ridge, da National Science Foundation. Entre os instrumentos instalados para estudos, havia uma dúzia de sismógrafos de profundidade.

Quando pesquisadores foram resgatar os sismógrafos, em operação de rotina em abril, só conseguiram trazer quatro deles à superfície. Os outros, embora se mantivessem ativos, permaneceram presos ao fundo, intrigando os cientistas. Uma avaliação das condições do fundo oceânico no local mostrou que a água estava mais turva e quente que o normal, indicando uma erupção. Em julho, os sismógrafos foram localizados, envolvidos pela lava.

A erupção, de acordo com os pesquisadores, permitiu uma visão sem precedentes das conseqüências geológicas, biológicas e geofísicas de uma erupção submarina. Os dados podem ajudar, no futuro, a prever esse tipo de fenômeno.

O artigo A Seafloor spreading event captured by seismometers, de by M. Tolstoy e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.


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