Pesquisadores apontam que a falta de diálogo entre quem faz ciência e quem faz política no Brasil impede a implantação de formas alternativas de energia (foto: RNP)

Energias alternativas
19 de julho de 2006

Pesquisadores apontam que a falta de diálogo entre quem faz ciência e quem faz política no Brasil impede a implantação de formas alternativas de energia

Energias alternativas

Pesquisadores apontam que a falta de diálogo entre quem faz ciência e quem faz política no Brasil impede a implantação de formas alternativas de energia

19 de julho de 2006

Pesquisadores apontam que a falta de diálogo entre quem faz ciência e quem faz política no Brasil impede a implantação de formas alternativas de energia (foto: RNP)

 

Por Karin Fusaro, de Florianópolis

Agência FAPESP - O aumento do preço do petróleo em virtude da nova crise no Oriente Médio e o ainda recente desentendimento entre Brasil e Bolívia na questão do gás natural demonstram a fragilidade das nações dependentes de combustíveis fósseis para a geração de energia.

Para Sérgio Colle, do Laboratório de Engenharia de Processos e Tecnologia de Energia (Lepten), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o Brasil é o único país com as condições naturais necessárias para o desenvolvimento de alternativas renováveis, como as energias solar, eólica e a biomassa.

"Mas, apesar de ser um gigante em potencial de produção, o Brasil é ainda muito deficiente na interação entre quem desenvolve o conhecimento e quem determina sua aplicação", disse o engenheiro da UFSC durante o simpósio "Políticas estratégicas para aproveitamento da geração de energia no Brasil", realizado na 58ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Florianópolis.

Determinante para a descoberta de alternativas e para a implantação de políticas estratégicas para o setor, o diálogo está presente em países como a Coréia do Sul e a China. "Nesses locais, a pesquisa é mantida com recursos públicos e privados, já com olhos para sua aplicação", disse o pesquisador da UFSC.

Para Luiz Pinguelli Rosa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), nenhum tipo de geração de energia tem só vantagem ou desvantagem. "A atômica, por exemplo, tem de lidar com o problema dos dejetos radioativos, enquanto as energias renováveis dependem muito de condições climáticas favoráveis e não muito previsíveis", disse.


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