Pesquisadores franceses usam satélites para mapear o deslocamento das tartarugas de couro que desovam na Guiana Francesa (foto: Pamela Hutabarat)

Energia migratória
13 de agosto de 2004

Pesquisadores franceses usam satélites para mapear o deslocamento das tartarugas de couro que desovam na Guiana Francesa e de deslocam pelo Atlântico. Nem sempre elas conseguem voltar, por causa da pesca indiscriminada na região

Energia migratória

Pesquisadores franceses usam satélites para mapear o deslocamento das tartarugas de couro que desovam na Guiana Francesa e de deslocam pelo Atlântico. Nem sempre elas conseguem voltar, por causa da pesca indiscriminada na região

13 de agosto de 2004

Pesquisadores franceses usam satélites para mapear o deslocamento das tartarugas de couro que desovam na Guiana Francesa (foto: Pamela Hutabarat)

 

Agência FAPESP - A costa da Guiana Francesa, no norte da América do Sul, são o ponto de partida. Nas praias tropicais do país, populações de gigantes tartarugas de couro, que chegam a 365 quilos e a 2,1 metros de comprimento, fazem uma pausa para desovar. Passam apenas poucas semanas em terra. A migração para as águas quentes do Atlântico naquela região ocorre em massa, nove semanas depois da chegada.

Mas não são todos esses répteis que irão voltar para as praias sul-americanas. Além de tentar entender exatamente o que ocorre nesse processo de dispersão pelas águas atlânticas, pesquisadores franceses do Centro para Pesquisa Científica de Estrasburgo estão usando imagens de satélites para tentar medir a energia gasta pelas tartarugas ao longo de todo um ciclo dentro da água. Os dados ainda estão sendo computados.

As distâncias são enormes. Os pesquisadores já sabem que as tartarugas de couro chegam a 500 quilômetros da costa leste da África antes de retornar. Elas não usam canais imaginários estreitos no oceano. A dispersão ocorre em um mesmo sentido, mas em uma área geográfica bastante abrangente.

O gasto energético não se dá apenas pelas distâncias percorridas na horizontal. Os animais chegam a margulhar até 1,2 mil metros de profundidade em busca de comida. A maior parte dos mergulhos, entretanto, não ultrapassa os 250 metros na vertical.

É exatamente na volta para a América do Sul que o problema mais grave ocorre. As tartarugas, que estão atrás de comida, acabam seguindo a corrente do Golfo ou se espalhando pelo cinturão atlântico. É o mesmo caminho que os cardumes de peixe seguem. As tartarugas, nesse caso, ficam expostas à pesca indiscriminada e acabam sendo capturadas em altas quantidades por pescadores profissionais.


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