Pesquisadores no Estado de São Paulo selecionados serão financiados pela FAPESP no âmbito do acordo com a Global Alliance for Chronic Diseases; consulta de elegibilidade termina em 1º de abril (foto: Daniel Oliveira/Agência FAPESP)
Pesquisadores no Estado de São Paulo selecionados serão financiados pela FAPESP no âmbito do acordo com a Global Alliance for Chronic Diseases; consulta de elegibilidade termina em 1º de abril
Pesquisadores no Estado de São Paulo selecionados serão financiados pela FAPESP no âmbito do acordo com a Global Alliance for Chronic Diseases; consulta de elegibilidade termina em 1º de abril
Pesquisadores no Estado de São Paulo selecionados serão financiados pela FAPESP no âmbito do acordo com a Global Alliance for Chronic Diseases; consulta de elegibilidade termina em 1º de abril (foto: Daniel Oliveira/Agência FAPESP)
André Julião | Agência FAPESP – A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 18,1 milhões de pessoas tenham sido diagnosticadas com câncer em 2018 e que 9,6 milhões tenham morrido. Até 2030, a previsão é de que 30 milhões de pessoas morrerão por ano em decorrência da doença, que está se tornando uma das principais causas de morte prematura no mundo.
Estudos apontam, porém, que entre 30% e 50% dos cânceres podem ser evitados, uma vez que um terço das mortes está associado a fatores de risco como uso de álcool e tabaco, obesidade, baixo consumo de frutas e legumes e sedentarismo.
Nesse contexto, estratégias de prevenção da doença têm sido centrais nas políticas de saúde de vários países. Projetos de pesquisa orientados à implementação dessas estratégias no Estado de São Paulo poderão ser financiados pela FAPESP no âmbito de uma chamada de propostas com a Global Alliance for Chronic Diseases (GACD), associação que reúne agências financiadoras de pesquisas em doenças crônicas não transmissíveis em diversos países.
A fim de elucidar dúvidas de potenciais proponentes à chamada, a FAPESP realizou um encontro no dia 17 de fevereiro.
“O objetivo principal do evento foi aumentar a interação entre os pesquisadores e a FAPESP antes da submissão. Queremos receber projetos de alta qualidade e competitividade internacional, sobretudo porque a avaliação será feita conjuntamente pela FAPESP e a GACD. Essa troca de informações entre o pesquisador e a agência é fundamental para que possamos receber projetos dentro do escopo”, disse Fernando Cendes, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da Coordenação de Saúde da FAPESP.
A GACD é uma aliança composta de 15 órgãos internacionais – nesta chamada, a FAPESP é a única representante do Brasil – que coordena e apoia pesquisas voltadas à prevenção e ao tratamento de doenças crônicas não transmissíveis em escala global, como diabetes, doenças cardíacas, doenças mentais, câncer e doenças pulmonares. O objetivo da associação é disseminar práticas baseadas em evidências para problemas de saúde mental e física, a fim de melhorar a saúde da população e evitar o impacto econômico dessas doenças para os países.
Saúde mental
Com um projeto aprovado na chamada de 2017, na área de doenças mentais, Carla Aparecida Arena Ventura, professora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP), falou sobre o processo de submissão e da experiência de integrar a rede de pesquisadores da GACD. Seu projeto, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto, tem como objetivo lidar com o estigma que portadores de doenças mentais sofrem de profissionais de Unidades de Saúde da Família (USF) de Ribeirão Preto.
“São aqueles profissionais que não necessariamente estão preparados para lidar com o problema, mas que recebem o paciente com algum sofrimento mental. Pesquisas mostram que há um grande nível de estigma quando se trata de doenças mentais e isso prejudica a adesão ao tratamento”, disse Ventura à Agência FAPESP.
O grupo coordenado pela pesquisadora acompanha seis USF em Ribeirão Preto. Em três delas serão implementadas práticas junto aos profissionais de saúde para combater o estigma. As outras três serão apenas acompanhadas e servirão como controle. Por fim, serão medidos e comparados os resultados de todas as unidades.
“Fazer parte da rede da GACD, participar dos fóruns e de um dos encontros presenciais foi muito importante para entender a amplitude de colaborações possíveis com outros pesquisadores, tanto da área de saúde mental como de outras doenças crônicas. É um potencial de colaboração muito grande e rico”, disse a pesquisadora.
O evento contou com a presença de Bruna Arenque Musa, coordenadora de Programa Científico da FAPESP, e Victor Wünsch Filho, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP.
O prazo para a submissão das propostas vai até 30 de abril de 2020. Pesquisadores do Estado de São Paulo devem consultar a FAPESP a respeito de sua elegibilidade antes de iniciar a elaboração do projeto, que nesta chamada será financiado pela modalidade Auxílio a Pesquisa – Programa de Pesquisa em Políticas Públicas. As consultas serão recebidas até 1º de abril de 2020.
As apresentações do evento estão disponíveis em: http://fapesp.br/13886.
Dúvidas sobre a chamada devem ser enviadas para: chamada-gacd@fapesp.br.
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