Cientistas da Austrália e dos Estados Unidos descobrem no sítio arqueológico de Kibish, na Etiópia, ossos que esticam a idade do homem moderno de 160 mil para 195 mil anos (F.Brown/Un.Utah)
Cientistas da Austrália e dos Estados Unidos descobrem no sítio arqueológico de Kibish, na Etiópia, ossos que esticam a idade do homem moderno de 160 mil para 195 mil anos
Cientistas da Austrália e dos Estados Unidos descobrem no sítio arqueológico de Kibish, na Etiópia, ossos que esticam a idade do homem moderno de 160 mil para 195 mil anos
Cientistas da Austrália e dos Estados Unidos descobrem no sítio arqueológico de Kibish, na Etiópia, ossos que esticam a idade do homem moderno de 160 mil para 195 mil anos (F.Brown/Un.Utah)
O sítio de Kibish é uma espécie de paraíso arqueológico. Em 1967, ali foram encontrados ossos dos mais antigos homens modernos, com idade estimada em 130 mil anos. Alguns anos depois, novos fósseis foram descobertos de representantes ainda mais velhos do Homo sapiens, com entre 140 mil e 160 mil anos. Agora, o novo estudo indica que os mais antigos representantes da espécie andaram pela região há cerca de 195 mil anos.
"A descoberta puxa consideravelmente para trás o começo dos humanos anatomicamente modernos", disse um dos autores do estudo, o geólogo Frank Brown, da Universidade de Utah, em comunicado da universidade norte-americana.
Segundo Brown, esticar a existência do homem moderno em cerca de 35 mil anos tem um significado muito importante: "Os aspectos culturais da humanidade, na maioria dos casos, apareceram há cerca de 50 mil anos. Isso significa 150 mil anos de Homo sapiens sem bagagem cultural, sem evidências de que conseguia pescar, costurar ou tocar algum instrumento musical rudimentar. Tudo isso veio muito depois, exceto pelas lâminas feitas de pedra lascada, que surgiram de 50 mil a 200 mil anos atrás, dependendo da teoria na qual se acredita", disse.
A pesquisa foi conduzida por Brown junto com o também geólogo Ian McDougall, da Universidade Nacional Australiana, e o antropólogo John Fleagle, da Universidade Stony Brook, dos Estados Unidos.
O artigo pode ser lido no site da revista Nature, em www.nature.com
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