Ibama libera o plantio de feijão geneticamente modificado para fins científicos (foto: Miguel Boyayan/Pesquisa FAPESP)
Ibama libera o plantio de feijoeiros geneticamente modificados para fins científicos. A concessão foi feita ao Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijão, localizado em Santo Antônio de Goiás (GO). A licença será válida por três anos
Ibama libera o plantio de feijoeiros geneticamente modificados para fins científicos. A concessão foi feita ao Centro Nacional de Pesquisa de Arroz e Feijão, localizado em Santo Antônio de Goiás (GO). A licença será válida por três anos
Ibama libera o plantio de feijão geneticamente modificado para fins científicos (foto: Miguel Boyayan/Pesquisa FAPESP)
Os cientistas vão conseguir agora estudar no campo como se comporta uma variação geneticamente alterada de feijão resistente ao vírus do mosaico dourado. A doença causada por esse microrganismo, que ocorre principalmente durante a seca, é registrada em todo o país e pode provocar a perda da produção completa. A proliferação do vírus ocorre por intermédio da mosca-branca, que é combatida pelos agricultores com agrotóxicos.
Segundo o Ibama, as sementes de feijão preto, carioca e talo começam a ser plantas ainda esta semana. A expectativa é que as conclusões sobre a viabilidade do feijão transgênico estejam prontas em três anos. A licença é válida apenas para o munícipio onde os experimentos serão realizados. O feijão está proibido de ser doado ou usado como fonte alimentar.
A concessão da licença para a Embrapa faz parte da estratégia do Ibama de agilizar procedimentos científicos relacionados com a biossegurança alimentar e ambiental. O presidente do órgão, Marcus Barros, fez questão de ratificar que os itens de segurança e o princípio da precaução serão sempre priorizados em todas as decisões. "O Ibama não é obstáculo ao desenvolvimento científico. Nossa tarefa é cuidar do meio ambiente, mas não temos vocação para atrapalhar o avanço da ciência", disse.
A comunidade científica, nos últimos meses, fez várias reclamações públicas sobre a burocracia federal. Muitas normas, segundo entidades científicas como a Sociedade Brasileira de Genética, apenas atrasam o desenvolvimento de pesquisas científicas no setor de biotecnologia e não colaboram para a conservação do meio ambiente.
Existem no Ibama vários pedidos de licença em análise para estudos de soja, milho, batata e algodão transgênico. No ano passado, uma outra unidade de pesquisa da Embrapa, localizada na Bahia, obteve autorização para investigar mamão transgênico.
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