A cidade de Maputo é que vai receber o primeiro escritório da Embrapa na África

Embrapa vai abrir base na África
19 de janeiro de 2005

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) terá até julho um escritório de transferência de tecnologias na cidade de Maputo, em Moçambique

Embrapa vai abrir base na África

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) terá até julho um escritório de transferência de tecnologias na cidade de Maputo, em Moçambique

19 de janeiro de 2005

A cidade de Maputo é que vai receber o primeiro escritório da Embrapa na África

 

Por Thiago Romero

Agência FAPESP - A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), instituição ligada ao Ministério da Agricultura, vai instalar, até o mês de julho, um escritório de transferência de tecnologia na cidade de Maputo, em Moçambique, na África. A intenção é que o escritório sirva como base institucional para aumentar a cooperação técnica da Embrapa com os países africanos.

"Além de transferir tecnologias, o escritório vai trabalhar na articulação de projetos de prestação de serviços entre os dois países", disse à Agência FAPESP Clayton Campanhola, diretor-presidente da Embrapa. "A nossa futura sede na África servirá ainda para levar empresas brasileiras para o mercado africano de insumos e de tecnologias agropecuárias", afirma.

O primeiro trabalho do novo escritório será o plano de desenvolvimento agrícola de Moatize, região onde se localizam as minas de carvão do Vale do Rio Zambezi. O projeto será desenvolvido em parceria com a Companhia Vale do rio Doce (CVRD). Para iniciar os trabalhos de exploração do carvão no interior de Moçambique, será aberto um edital interno, restrito a pesquisadores da Embrapa, que estará disponível no site da instituição a partir de fevereiro.

"A idéia é contratar dois pesquisadores, que deverão ficar em Maputo por um período de dois anos", disse Campanhola. Segundo ele, os contratados terão o papel de interlocutores da Embrapa perante as instituições moçambicanas, além de ficarem responsáveis pela interação com os centros de pesquisa brasileiros para identificar novas formas de cooperação.

Os primeiros dois anos do projeto contarão com investimentos da ordem de US$ 650 mil, destinados ao desenvolvimento sustentável do rio Zambezi. Para o período subseqüente de dez anos, está prevista a alocação de mais US$ 2,7 milhões, que serão direcionados para a transferência, adaptação e validação de tecnologias agrícolas e pecuárias da região.

Durante a empreitada africana, a Embrapa contará com diferentes parceiros em Moçambique, entre eles o Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica de Moçambique, gestores do Plano de Desenvolvimento do Vale do Rio Zambezi, organizações não-governamentais (ONGs) e a iniciativa privada.


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