Evento reuniu os coordenadores e pesquisadores dos centros e diretores das unidades de ensino (foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Fomento à pesquisa
Em cerimônia na USP, 11 novos Centros de Pesquisa e Difusão Especiais são instalados
11 de abril de 2025

Os Cepix integram iniciativa lançada pela universidade para apoiar a continuidade das atividades de pesquisa, inovação e difusão iniciadas no âmbito do programa CEPID-FAPESP

Fomento à pesquisa
Em cerimônia na USP, 11 novos Centros de Pesquisa e Difusão Especiais são instalados

Os Cepix integram iniciativa lançada pela universidade para apoiar a continuidade das atividades de pesquisa, inovação e difusão iniciadas no âmbito do programa CEPID-FAPESP

11 de abril de 2025

Evento reuniu os coordenadores e pesquisadores dos centros e diretores das unidades de ensino (foto: Marcos Santos/USP Imagens)

 

Agência FAPESP* – Em cerimônia realizada terça-feira (08/04) na Universidade de São Paulo (USP), foram instalados oficialmente os 11 novos Centros de Pesquisa e Difusão Especiais (Cepix) que integram um programa, lançado pela Reitoria da USP em 2023, que visa dar continuidade às atividades científicas anteriormente contempladas pelo programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP.

A cerimônia teve início com a apresentação do coordenador-geral do evento, Fernando Cunha, que também coordena o Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (Cepix-CRID). Ele apresentou um histórico sobre os CEPIDs e ressaltou a importância da criação dos Cepix nas estruturas das unidades de ensino e pesquisa, o que permitirá “maior agilidade administrativa aos centros”.

Em seguida, o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, destacou a importância da continuidade do trabalho dos CEPIDs. “Como Reitoria, temos de incentivar as pesquisas que envolvem grandes grupos, a interdisciplinaridade, o contato com grupos do exterior, a transferência do conhecimento e a inovação, que são características dos nossos 11 Cepix. A preocupação da universidade foi manter os CEPIDs ativos, organizados e autônomos. Tivemos uma boa receptividade das unidades [de ensino e pesquisa que abrigam os centros] para a criação dos Cepix e todo esse processo foi feito de forma muito natural, com a aprovação das congregações e, depois, do Conselho Universitário”, ponderou o reitor.

“Estes são alguns dos melhores grupos de pesquisa que temos em nossa universidade. O que posso desejar a vocês é muito trabalho, muita pesquisa de qualidade. E vamos interagir ao máximo com outras instituições também para poder fazer o desenvolvimento da nossa sociedade”, complementou.

O professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e coordenador-geral de Programas Estratégicos e Infraestrutura da FAPESP, Sérgio Costa Oliveira, falou sobre o papel da FAPESP no fomento à pesquisa multidisciplinar e apresentou um panorama científico e tecnológico do Estado de São Paulo, bem como as estratégias adotadas pela FAPESP para incrementar o avanço da ciência e da inovação e a difusão do conhecimento para a sociedade. Atualmente, São Paulo representa 40% da produção científica brasileira e forma mais de 7 mil doutores anualmente.

O coordenador do Centro em Biomedicina Redox (Cepix-Redoxoma), Maurício da Silva Baptista, fez uma apresentação geral a respeito dos 11 novos Cepix, dividindo-os em três áreas: Tecnológicos, Sociais e Biomedicina. Em seguida, abordou as principais características de cada um, expôs os dados sobre a produção científica, as ações de difusão desenvolvidas e os objetivos futuros.

Segundo ele, ao todo, os então 11 CEPIDs publicaram mais de 11 mil artigos em revistas científicas internacionais e quase 2 mil em revistas nacionais; produziram mais de 180 patentes; e desenvolveram mais de 200 projetos de colaboração com o setor produtivo.

“Os CEPIDs constituem redes de pesquisadores que, por quase um quarto de século, estabeleceram linhas de pesquisa de fronteira, com infraestruturas de pesquisa comparadas aos melhores centros internacionais na área e com impactos científicos, econômicos e sociais que extravasam amplamente os muros da universidade. Seria impensável que, ao final destes ciclos de financiamento pela FAPESP, esses centros de pesquisa pudessem ter suas atividades descontinuadas”, afirmou Glaucius Oliva, coordenador do Centro de Pesquisa e Inovação Especial em Ciências da Descoberta de Medicamentos (Cepimed/Cepix). “Nesta nova estrutura, os centros têm papel definido no regimento de suas respectivas unidades de ensino e pesquisa, com agilidade e autonomia que lhes permitem buscar novas fontes de financiamento e parcerias para a plena realização de suas missões de pesquisa na fronteira, inovação com impactos econômicos e sociais e difusão do conhecimento para a sociedade em todas as suas instâncias.”

“Os CEPIDs permitiram agregar diferentes expertises para resolver problemas científicos. No nosso CEPID, por exemplo, temos interação entre médicos de diferentes especialidades, geneticistas, bioinformatas, biologistas moleculares e bioquímicos que interagem constantemente. Outra grande vantagem é a possibilidade de planejar a longo prazo. Algumas pesquisas precisam de mais tempo para serem concluídas e, por outro lado, o CEPID permite adaptações rápidas em relação a novas descobertas ou situações ambientais adversas, como foi o caso da COVID-19, e rápida mudança de rumo se uma hipótese inicial não for comprovada ou para testar novas ideias disruptivas que não faziam parte do objetivo inicial. A transferência de tecnologia permite que a população seja rapidamente beneficiada com esses avanços. A divulgação científica, que também foi um aprendizado importante dos CEPIDs, é fundamental não só para educar a população como para dar um retorno à sociedade que investe seus recursos nessas iniciativas”, comentou Mayana Zatz, do Centro de Pesquisas sobre o Genoma Humano e Terapias Avançadas (Cepix-CEGH-TA).

* Com informações de Adriana Cruz, da Assessoria de Comunicação Social da USP.
 

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