Empresários discutem, em São Paulo, o papel da inovação tecnológica para o crescimento do setor de bens de capital, no qual o Brasil passou da 5ª para a 14ª posição no ranking mundial (foto: T. Romero)
Empresários discutem o papel da inovação tecnológica para o crescimento do setor de bens de capital, no qual o Brasil passou da 5ª para a 14ª posição no mundo
Empresários discutem o papel da inovação tecnológica para o crescimento do setor de bens de capital, no qual o Brasil passou da 5ª para a 14ª posição no mundo
Empresários discutem, em São Paulo, o papel da inovação tecnológica para o crescimento do setor de bens de capital, no qual o Brasil passou da 5ª para a 14ª posição no ranking mundial (foto: T. Romero)
Por Thiago Romero
Agência FAPESP – Embora a indústria brasileira de máquinas e equipamentos tenha registrado um aumento de 25% no faturamento semestral – passando de R$ 28,97 milhões no primeiro semestre de 2007 para R$ 36,25 milhões no mesmo período de 2008 –, o setor tem apresentado quedas sucessivas de produção nas últimas três décadas.
“Na década de 1980, o Brasil era o quinto maior fabricante de bens de capital do mundo. Desde então perdemos mercado e competitividade e, hoje, ocupamos a 14ª posição nesse ranking mundial”, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, nesta quinta-feira (23/10), na sede da entidade, na capital paulista.
No local, por ocasião do evento Abimaq Inova: Casos de Inovação na Indústria de Bens de Capital, Aubert Neto apresentou parte do Projeto Abimaq 2022, cujo objetivo é justamente resgatar a posição do parque nacional da indústria de bens de capital no cenário internacional.
O projeto, explicou o executivo, está baseado em quatro eixos fundamentais: redução de tributos para os fabricantes de máquinas, criação de novas linhas de financiamento de longo prazo para a compra de equipamentos, maior incentivo às exportações e investimentos em pesquisa e desenvolvimento que dêem origem a novos produtos e serviços.
“Inovação tecnológica, o principal pilar desse projeto, é a palavra-chave para a sobrevivência dessa indústria no Brasil. A Alemanha, por exemplo, só consegue manter-se como a maior fabricante de bens de capital do mundo porque investe pesadamente em inovação”, disse.
Segundo ele, as exportações brasileiras passaram de US$ 4,7 bilhões no primeiro semestre de 2007 para US$ 5,3 bilhões no mesmo período de 2008, um crescimento de 13%.
“O setor, no país, sempre foi voltado à exportação, e o Projeto Abimaq 2022 também cria estratégias para não perdermos esse viés. Mesmo com toda a crise financeira mundial, só neste ano as exportações de máquinas e equipamentos deverão chegar a cerca de US$ 12 bilhões. Por isso, não temos que falar sobre crise, mas sim sobre inovação”, disse Aubert Neto.
O Abimaq Inova contou com apresentações de empresas nacionais associadas à entidade que, ao inovar em produtos e processos, conseguiram melhorar seu desempenho no mercado. No encontro, as companhias puderam entrar em contato com as principais instituições de apoio à inovação do país, entre as quais a FAPESP, que teve um ponto de apoio no local.
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