Representantes das 14 principais universidades de pesquisa do Canadá estiveram na sede da Fundação para conhecer o sistema de financiamento à pesquisa no Estado de São Paulo (foto:E.Cesar/FAPESP)

Em busca de parcerias, delegação canadense visita a FAPESP
03 de maio de 2013

Representantes das 14 principais universidades de pesquisa do Canadá estiveram na sede da Fundação para conhecer o sistema de financiamento à pesquisa no Estado de São Paulo

Em busca de parcerias, delegação canadense visita a FAPESP

Representantes das 14 principais universidades de pesquisa do Canadá estiveram na sede da Fundação para conhecer o sistema de financiamento à pesquisa no Estado de São Paulo

03 de maio de 2013

Representantes das 14 principais universidades de pesquisa do Canadá estiveram na sede da Fundação para conhecer o sistema de financiamento à pesquisa no Estado de São Paulo (foto:E.Cesar/FAPESP)

 

Por Karina Toledo

Agência FAPESP – Representantes das 14 principais universidades de pesquisa canadenses visitaram nesta quinta-feira (02/05) a sede da FAPESP, em São Paulo, para conhecer o sistema de financiamento da Fundação, apresentar o panorama da pesquisa científica no Canadá e promover oportunidades de colaboração entre os dois países.

De acordo com Norah Lynn Paddock, analista de políticas e relações internacionais da Associação de Universidades e Faculdades do Canadá (AUCC, na sigla em inglês), a visita é um seguimento da missão iniciada em maio de 2012, quando um grupo de 30 reitores de universidades e institutos de pesquisa do país norte-americano esteve no Brasil para participar do encontro “Canadá-Brasil: Fórum de Nações Inovadoras”, realizado na FAPESP.

Naquela ocasião, a FAPESP assinou acordos de cooperação em pesquisa com a Universidade de Victoria, com as universidades Simon Fraser, Concordia, York e Ryerson e com um consórcio composto pelas universidades de Alberta, Laval, Dalhousie e Ottawa.

“Nosso objetivo é continuar promovendo a interação entre os dois países. Desde o intercâmbio de estudantes, pesquisadores e professores até a colaboração em pesquisa e desenvolvimento propriamente dita”, afirmou Paddock à Agência FAPESP.

Para Margaux Béland, vice-presidente do Escritório Canadense para Educação Internacional (CBIE, na sigla em inglês), há muitas áreas em que Brasil e Canadá têm interesses mútuos, como biotecnologia, ciências da vida, ciência marinhas, tecnologias verdes, energia limpa e tecnologias de informação e de comunicação.

“Como o Brasil é um país emergente tão importante, estamos muito interessados em cultivar parcerias aqui. Queremos reunir os governos, a academia e as empresas em uma agenda comum”, disse.

Béland destacou ainda que, no Canadá, cerca de 40% da pesquisa e desenvolvimento são realizados nas universidades, muito ativas internacionalmente. “Metade das publicações canadenses tem coautoria internacional. O financiamento internacional para pesquisa cresceu cerca de 10 vezes nos últimos 20 anos. Por isso, há muito interesse em colaborações”, disse.

O encontro em São Paulo reuniu representantes da MacMaster University, Université de Sherbrooke, University of Waterloo, University of Manitoba, Carleton University, Memorial University of Newfoundland, Kwantlen Polytechnic University, Brock University, Western University, University of Victoria, McGill University, Concordia University, University of British Columbia e University of Ottawa.

“Aqui estão reunidas as maiores universidades de pesquisa do Canadá”, ressaltou John Hepburn, vice-presidente de pesquisa da University of British Columbia. Segundo ele, o financiamento para pesquisa e desenvolvimento no país – somando fontes federais, empresariais e internacionais – está em torno de US$ 4,5 bilhões de dólares ao ano. “É um dos mais altos entre os 34 membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)”, disse.

Financiamento estável

O diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, explicou em sua apresentação que, de acordo com a Constituição do Estado de São Paulo, 1% das receitas do governo estadual é obrigatoriamente destinada à FAPESP. “Isso nos dá uma grande autonomia e nos permite financiar projetos de longo prazo”, disse.

O modelo paulista despertou interesse na delegação canadense. “O que vocês estão fazendo aqui em São Paulo deve ser um exemplo para o mundo, pois garante estabilidade para a pesquisa”, elogiou Eli Turk, diretor de relações internacionais da McGill University.

“O modelo da FAPESP é muito interessante por ter uma fonte de financiamento estável. Não temos isso no Canadá. A cada projeto temos de mostrar a importância de investir recursos e estamos sempre correndo o risco de perder aquela fonte de financiamento. Gostaríamos muito de levar uma delegação de brasileiros para mostrar esse modelo em nosso país. Este seria o próximo passo de nossas negociações”, disse Béland.

Durante o encerramento, o diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, José Arana Varela, destacou que as colaborações internacionais são prioridade para a instituição. “Esta foi uma grande oportunidade de conhecer o panorama da pesquisa científica no Canadá”, afirmou.
 

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