A camiseta da campanha
Campanha do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética da Unicamp pretende divulgar a deficiência auditiva e angariar fundos para o desenvolvimento de pesquisas científicas sobre o tema
Campanha do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética da Unicamp pretende divulgar a deficiência auditiva e angariar fundos para o desenvolvimento de pesquisas científicas sobre o tema
A camiseta da campanha
Como muitas pessoas não se dão conta deste tipo de análise, e depois precisam enfrentar o problema, uma campanha para esclarecer o assunto está nas ruas. A pesquisadora Edi Lúcia Sartorato, do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética da Unicamp, é uma das envolvidas no projeto. É dela o mérito de adaptar o teste do pezinho para o diagnóstico da surdez. O projeto "Ouça bem, previna a surdez" é de autoria da ONG Associação Terapêutica de Estimulação Auditiva e Linguagem, da cidade de Jundiaí (SP).
A pesquisa científica também é outro objetivo importante da campanha. Por intermédio das vendas de camisetas num primeiro instante, a ONG paulista pretende criar a Fundação de Pesquisa da Audição. Um primeiro estudo fruto da campanha, que será coordenado pela pesquisadora da Unicamp, terá início em agosto. Será coletado o sangue de 500 crianças por mês nas maternidades públicas de Jundiaí. A amostra total deverá ter cinco mil recém-nascidos. Os dados serão usados para se entender melhor o comportamento da surdez entre os brasileiros, do ponto de vista genético.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a surdez é a segunda maior deficiência do Brasil, a primeira em termos de problemas sensoriais. Investigar a causa genética da surdez pode ser importante, pelo menos por dois motivos. Além de ajudar na saúde da própria criança que já tem o problema – o processo de alfabetização pode ser melhor direcionado –, o teste também serve para o futuro. Em uma segunda gravidez, os pais do bebê saberão, por exemplo, que as chances do problema voltar a ocorrer é, em média, de 25%.
Os interessados em obter as camisetas podem entrar em contato diretamente com a professora Edi, no Laboratório de Genética Humana, pelo e-mail sartor@unicamp.br
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