Número de mortes por raios no Brasil em 2008 foi o maior da década, segundo levantamento do Inpe. Ao todo foram 75 vítimas, contra 47 em 2007

Eletricidade fatal
09 de janeiro de 2009

Número de mortes por raios no Brasil em 2008 foi o maior da década, segundo levantamento do Inpe. Ao todo foram 75 vítimas, contra 47 em 2007

Eletricidade fatal

Número de mortes por raios no Brasil em 2008 foi o maior da década, segundo levantamento do Inpe. Ao todo foram 75 vítimas, contra 47 em 2007

09 de janeiro de 2009

Número de mortes por raios no Brasil em 2008 foi o maior da década, segundo levantamento do Inpe. Ao todo foram 75 vítimas, contra 47 em 2007

 

Agência FAPESP – O número de mortes por raios no Brasil em 2008 foi o maior desta década, de acordo com levantamento feito pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Ao todo foram 75 mortes, contra 47 em 2007. O recorde anterior era de 73 mortes em 2001. Em 2008, 61% dos casos ocorreram no verão e 23% na primavera, sendo que 76% das vítimas eram do sexo masculino.

No ano passado, o número de raios incidentes no país também foi maior do que em 2007, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, superando a marca de 60 milhões. Em 2008, a chance de ser atingido por um raio no país foi de um em 2,5 milhões.

Por regiões, o Sudeste teve a maior porcentagem de mortes (39%), seguido pelo Nordeste (32%), Sul (15%), Centro-Oeste (9%) e Norte (5%). Do total de casos, 63% aconteceram na zona rural, 22% na zona urbana, 10% em rodovias e 5% no litoral.

No cálculo por estados, São Paulo aparece em primeiro lugar com 20 vítimas, seguido pelo Ceará (7), Minas Gerais, Alagoas (6) e Rio Grande do Sul (5). Quanto às circunstâncias mais comuns, venceu “trabalho agropecuário no campo” (19%), seguido por “na proximidade de meios de transporte” (17%), “dentro de casa” (17%) e “perto mas não no interior de residências” (12%).

Ainda em 2008, os valores máximos da probabilidade de ser atingido por um raio no Brasil foram registrados em Alagoas e Tocantins (1 em 500 mil), enquanto os valores mínimos estão no Rio de Janeiro, Bahia e Pará (1 em 7,5 milhões). Em São Paulo, a chance foi de 1 em 2 milhões.

Reportagem da Agência FAPESP no início do ano passado destacou que, na primeira quinzena de janeiro, a incidência de raios no Sudeste aumentou 51% em comparação com o mesmo período de 2007, enquanto o número de descargas atmosféricas registradas na região subiu de 105,8 mil para 159,9 mil.

Segundo o coordenador do Elat, Osmar Pinto Júnior, com base na análise comparativa das condições meteorológicas e da ocorrência de descargas atmosféricas no Sudeste entre 1999 a 2007, os pesquisadores do Elat já haviam previsto uma incidência de descargas atmosféricas acima da média para o verão de 2008.

Mais informações: www.inpe.br/webelat/homepage/

 

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