Nasa e Universidade de Stanford colocam em órbita terrestre um satélite com quatro giroscópios extremamente precisos para verificar importantes fundamentos da Teoria da Relatividade
Nasa e Universidade de Stanford colocam em órbita terrestre um satélite com quatro giroscópios extremamente precisos para verificar importantes fundamentos da Teoria da Relatividade
A nave será inserida em uma órbita polar a uma altitude de aproximadamente 600 quilômetros. A GP-B (de "sonda de gravidade B", em inglês) usará quatro giroscópios extremamente precisos para testar a distorção do espaço-tempo, proposta por Einstein. Para isso, a missão da Nasa e da Universidade de Stanford medirá como o espaço e o tempo são influenciados pela presença da Terra e por sua rotação.
O experimento consiste no registro de minúsculas oscilações nos giroscópios, que se movimentarão no vácuo, em ambiente livre de qualquer tipo de influência externa, sejam forças magnéticas terrestres ou provocadas pelo próprio satélite. Tudo isso deverá resultar, de acordo com os cientistas envolvidos, em um sistema de referência espaço-tempo praticamente perfeito.
Após um período de testes e calibração dos instrumentos, que deve durar dois meses, a missão passará à fase de coleta de dados, prevista para doze meses. O lançamento da nave, ou seja, o Experimento da Relatividade com a Sonda Gravidade B, é o ponto máximo de um programa que vem sendo conduzido pela Nasa há 43 anos, ao custo de US$ 700 milhões.
Em 1916, Einstein formulou a Teoria da Relatividade Geral, uma das bases da física moderna e considerada uma das mais brilhantes criações da mente humana. Com a teoria, foi possível prever a existência de fenômenos como os buracos-negros e até mesmo a própria expansão do Universo. Entretanto, ela tem sido aquela que os cientistas consideram a menos testada de todas as teorias científicas. Os cientistas da Nasa e de Stanford esperam mudar a situação em breve.
Acompanhe o desenrolar da missão em http://einstein.stanford.edu e www.gravityprobeb.com.
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