Economia nas torneiras
26 de janeiro de 2005

Água de chuva aproveitada em sistema de coleta serve para regar plantas e lavar carros. Com menos água escoando pelo asfalto da cidade o número de enchentes também poderá ser menor. Leia na reportagem da revista Pesquisa FAPESP

Economia nas torneiras

Água de chuva aproveitada em sistema de coleta serve para regar plantas e lavar carros. Com menos água escoando pelo asfalto da cidade o número de enchentes também poderá ser menor. Leia na reportagem da revista Pesquisa FAPESP

26 de janeiro de 2005

 

Por Dinorah Ereno

Pesquisa FAPESP - A cena é bastante conhecida dos paulistanos. As chuvas de verão provocam alagamentos em vários pontos da cidade, mas muitos bairros não têm água nas torneiras por conta da escassez nos reservatórios.

Se parte desse líquido, em vez de escorrer para as galerias pluviais, for coletada, armazenada e utilizada para regar plantas, lavar calçadas, pátios e veículos ou ainda como descarga em vasos sanitários, o fluxo de água para os córregos e rios vai diminuir. Dessa forma, o número de enchentes e de alagamentos seria, com certeza, menor.

Partindo desse princípio, pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), coordenados pelo professor Racine Tadeu Araújo Prado, sentiram-se motivados. A equipe resolveu projetar e montar um sistema de coleta e aproveitamento de água de chuva no Centro de Técnicas de Construção Civil da universidade. O sistema pode ser usado em vários tipos de construção, com poucos investimentos.

Para eliminar a primeira água de lavagem do telhado, os pesquisadores da Poli montaram um sistema que possui dois reservatórios, um pequeno, que coleta e despreza automaticamente a chuva suja dos primeiros minutos, e um grande, utilizado para armazenar efetivamente o líquido. Assim que o pequeno fica cheio é fechado por uma bóia e o maior começa a receber a água.

Um filtro colocado nas calhas retém folhas, galhos e outras sujeiras e impede o entupimento das tubulações. Se não for possível colocar os reservatórios diretamente no forro do edifício, é necessário a instalação de um reservatório no térreo, que fica enterrado, e outro no forro, para bombear a água. O emprego de dois reservatórios aumenta a capacidade de suprimento ao longo da estação seca. E a energia despendida para o bombeamento é muito pequena e não onera o sistema. Além disso, os testes mostraram que a qualidade da água armazenada também é boa.


Clique aqui para ler o texto completo da reportagem da edição 107 de Pesquisa FAPESP.

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