Dúvida atroz
12 de junho de 2006

Ninguém sabe se são mesmo as células-tronco adultas que funcionaram nos casos de sucesso relatados. Leia em reportagem na nova edição da revista Pesquisa FAPESP

Dúvida atroz

Ninguém sabe se são mesmo as células-tronco adultas que funcionaram nos casos de sucesso relatados. Leia em reportagem na nova edição da revista Pesquisa FAPESP

12 de junho de 2006

 

Por Carlos Fioravanti

Revista Pesquisa FAPESP - No início de maio o cearense Sátiro da Costa contou no Jornal Nacional que se sentia melhor após receber uma dose de células-tronco em um hospital do Rio de Janeiro.

Diante da remota possibilidade de transplante de coração, a aplicação dessas células, que formam um líquido esbranquiçado, era uma alternativa para restabelecer o vigor do músculo cardíaco enfraquecido pelo mal de Chagas.

Em Ribeirão Preto, interior paulista, uma semana depois de receber células-tronco extraídas de sua própria medula óssea, a dona-de-casa Martinha da Cunha verificou que começava a reconquistar a liberdade de movimentos perdida com a esclerose múltipla, que lhe paralisara o lado direito do corpo.

No mundo inteiro correm pelo menos 65 testes de células-tronco adultas, com o propósito de combater tumores, problemas cardíacos, mal de Parkinson, lesões na medula espinhal, doenças auto-imunes e anemias. Mas até agora nem pesquisadores nem médicos asseguram que os aparentes benefícios se devem de fato às células-tronco adultas.

Capazes de se especializar em outros tipos de células, de acordo com o órgão ou tecido em que se instalem, as células-tronco adultas são fabricadas – e retiradas – junto com outros tipos de células principalmente na medula, a massa avermelhada que recheia os grandes ossos do corpo.

"Todo mundo gosta de usar o rótulo ‘terapia com células-tronco’, mas mesmo aqui nos Estados Unidos a maioria dos pesquisadores nem chega a purificar as células antes de aplicar", diz Alysson Muotri, geneticista brasileiro que trabalha no Instituto Salk dos Estados Unidos.

Clique aqui para ler o texto completo na edição 124 de Pesquisa FAPESP.

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