Pesquisadores como Thomas Lewinsohn, da Unicamp, discutem em Foz do Iguaçu a importância do casamento entre genética e ecologia para ajudar na resolução de problemas globais (foto: E.Geraque)

Dupla dinâmica
05 de setembro de 2006

Pesquisadores reunidos no Congresso Brasileiro de Genética, em Foz do Iguaçu, discutem a importância do casamento entre genética e ecologia para ajudar na resolução de problemas globais

Dupla dinâmica

Pesquisadores reunidos no Congresso Brasileiro de Genética, em Foz do Iguaçu, discutem a importância do casamento entre genética e ecologia para ajudar na resolução de problemas globais

05 de setembro de 2006

Pesquisadores como Thomas Lewinsohn, da Unicamp, discutem em Foz do Iguaçu a importância do casamento entre genética e ecologia para ajudar na resolução de problemas globais (foto: E.Geraque)

 

Por Eduardo Geraque, de Foz do Iguaçu

Agência FAPESP - Fragmentação dos ecossistemas, invasão por espécies invasoras e mudanças climáticas globais são três grandes problemas relacionados, em toda parte do mundo, com a perda da biodiversidade. Se esse é um problema bastante estudado pelos ecólogos, também deveria ser mais investigado pelos geneticistas.

O convite para o casamento entre geneticistas e ecologistas foi feito nesta segunda-feira (4/9) em Foz do Iguaçu (PR), durante o primeiro dia de atividades do 52º Congresso Brasileiro de Genética. "É preciso que esses dois grupos conversem, e muito", disse Thomas Lewinsohn, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

"Existem muitas ferramentas genéticas que são pouco usadas nos estudos sobre os táxons brasileiros. Isso é algo que precisa mudar", disse o pesquisador à Agência FAPESP.

Para Lewinsohn, os geneticistas, ao estudar mais a questão da perda da biodiversidade, poderão perceber algo bastante diferente do que costuma ser visto atualmente.

"As informações genéticas formam uma base que está disponível para as mudanças adaptativas do futuro. Essa plasticidade é um dos componentes mais complexos presentes no jogo dinâmico que existe dentro de um ecossistema", disse Lewinsohn.

A partir dessa aproximação entre as duas áreas do conhecimento – e de um novo ponto de vista – as perdas de biodiversidade e de variabilidade genética devem ser um dos destaques do congresso. "A diversidade genética não é algo passivo. Pelo contrário, ela é codeterminante de processos e respostas ecológicas", disse Lewinsohn.


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