Duas décadas de olho no ozônio
15 de setembro de 2005

Inpe comemora 20 anos do Laboratório de Ozônio, que realiza atividades como a medição da radiação ultravioleta e da camada de ozônio, além de estudar queimadas e a emissão de gases do efeito estufa

Duas décadas de olho no ozônio

Inpe comemora 20 anos do Laboratório de Ozônio, que realiza atividades como a medição da radiação ultravioleta e da camada de ozônio, além de estudar queimadas e a emissão de gases do efeito estufa

15 de setembro de 2005

 

Agência FAPESP - O Laboratório de Ozônio do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) está fazendo aniversário. São 20 anos realizando importantes atividades como a medição da radiação ultravioleta e da camada de ozônio em várias latitudes brasileiras – o que contribui para a avaliação da camada global –, além de estudos das queimadas e da emissão de gases do efeito estufa.

Segundo o Inpe, o laboratório também é responsável pela formação e capacitação de profissionais e cientistas, que gerenciam o estudo do ozônio e da radiação ultravioleta em outros laboratórios, como o da Universidade de Magalhães, no Chile.

Criado com o objetivo de gerenciar dados que até então eram coletados pelo Inpe e repassados para a Organização Mundial de Meteorologia, o Laboratório de Ozônio conta hoje com uma infra-estrutura que se estende pelas unidades do instituto em Natal (RN), Cachoeira Paulista (SP), Cuiabá (MT) e Santa Maria (RS), além de La Paz (Bolívia) e Punta Arenas (Chile).

Os pesquisadores do laboratório interagem e realizam trabalhos em conjunto com profissionais de outras áreas, como a biologia, a fim de analisar o impacto da radiação ultravioleta em seres vivos e plantas.

Este ano, o laboratório participa de dois programas significativos em sua área de atuação, o Ano Polar Internacional e o Ano Heliofísico Internacional, ambas campanhas internacionais para abordar temas ligados às mudanças climáticas.

Os 20 anos do Laboratório de Ozônio do Inpe coincidem com os 20 anos de monitoramento da camada de ozônio, que serão comemorados durante a Convenção Internacional de Viena, ainda este mês. Neusa Paes Leme, pesquisadora do Inpe, participa do evento na Áustria, com a apresentação de relatório científico sobre os resultados e a contribuição do laboratório no cenário mundial.

O Inpe iniciou estudos sobre o ozônio em 1974, quando o pesquisador Y. Sahai trouxe para o Brasil o primeiro instrumento de medição – o Dobson –, instalado na unidade de Cachoeira Paulista.

Um dos momentos de destaque do laboratório ocorreu em 1995, quando seus pesquisadores detectaram o aparecimento do buraco da camada de ozônio sobre a América do Sul, em Punta Arenas.


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