Uma nova proposta para que as indústrias brasileiras possam gerar novas tecnologias será apresentada Comissão de Inovação Tecnológica do Conselho de Ciência e Tecnologia

Doutores para alimentar a inovação
08 de junho de 2004

Uma nova proposta para que as indústrias brasileiras possam gerar novas tecnologias será apresentada nesta terça (8/6) na Comissão de Inovação Tecnológica do Conselho de Ciência e Tecnologia, em reunião em Brasília

Doutores para alimentar a inovação

Uma nova proposta para que as indústrias brasileiras possam gerar novas tecnologias será apresentada nesta terça (8/6) na Comissão de Inovação Tecnológica do Conselho de Ciência e Tecnologia, em reunião em Brasília

08 de junho de 2004

Uma nova proposta para que as indústrias brasileiras possam gerar novas tecnologias será apresentada Comissão de Inovação Tecnológica do Conselho de Ciência e Tecnologia

 

Por Eduardo Geraque

Agência FAPESP - O vigoroso sistema de pós-graduação do Brasil forma 7 mil doutores todos os anos. Caso os níveis de crescimento dos últimos 15 anos sejam mantidos, o número deve subir para 10 mil em 2007. Mas, se de um lado o capital humano para a inovação tecnológica está sendo formado, de outro a fixação dentro da indústria desses recursos, que custam bilhões de reais aos contribuintes todos os anos, está longe do necessário.

"Vamos apresentar uma proposta simples para tentar mudar esse quadro na reunião da Comissão de Inovação Tecnológica do Conselho de Ciência e Tecnologia", disse José Fernando Perez, diretor científico da FAPESP. A comissão irá se reunir em Brasília nesta terça-feira (8/6).

A proposta que pretende aumentar a presença de doutores no dia-a-dia das indústrias de tecnologia é assinada também por Fernando Reinach, diretor-executivo da Votorantim Novos Negócios, e por Carlos Henrique de Brito Cruz, reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A idéia é que a contratação de doutores por empresas de inovação seja totalmente desonerada de encargos sociais. Renúncia que só será efetivada se o contrato de trabalho entre as partes for feito com a finalidade de desenvolver atividades de pesquisa e desenvolvimento.

"Além disso, esse contrato deve ter uma duração de dez anos, tempo necessário para que um mesmo doutor possa participar de até dois projetos de inovação, que têm ciclo médio de duração de cinco anos", explica Perez. Todos os acordos, segundo a proposta, deverão ser homologados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

"A Academia Brasileira de Ciência é favorável à medida. Nos países industrializados, por exemplo, de 70% a 80% dos doutores formados são empregados pela indústria", disse Eduardo Moacyr Krieger, presidente da academia. A proposta, apresentada também na semana passada durante a posse de novos acadêmicos no Rio de Janeiro, foi elogiada por Krieger durante discurso.

Segundo Perez, se a medida, que tem custo zero e pode ser implementada imediatamente, conseguir promover a fixação de 840 doutores por ano, ou apenas 20% do total que é formado, já será um enorme avanço.


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