Estudo inédito feito por pesquisador da Universidade do Vale do Itajaí revela que apenas dez ilhas das 255 do litoral de Santa Catarina ainda apresentam condições ideais para que as aves marítimas possam se reproduzir
Estudo inédito feito por pesquisador da Universidade do Vale do Itajaí revela que apenas dez ilhas das 255 do litoral de Santa Catarina ainda apresentam condições ideais para que as aves marítimas possam se reproduzir
Estudo inédito feito por pesquisador da Universidade do Vale do Itajaí revela que apenas dez ilhas das 255 do litoral de Santa Catarina ainda apresentam condições ideais para que as aves marítimas possam se reproduzir
Estudo inédito feito por pesquisador da Universidade do Vale do Itajaí revela que apenas dez ilhas das 255 do litoral de Santa Catarina ainda apresentam condições ideais para que as aves marítimas possam se reproduzir
Agência FAPESP - Das cerca de 255 ilhas do litoral de Santa Catarina, apenas dez ainda mantêm características ideais para a sobrevivência de aves marinhas, por apresentarem condições específicas como, por exemplo, não conterem predadores diretos, terem material específico para construção dos ninhos e não terem vegetação espessa, uma vez que, para alçar vôo, os pássaros precisam de espaço.
A conclusão é do engenheiro ambiental Joaquim Olinto Branco, do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), que realizou um levantamento científico de todas as ilhas do Estado para identificar aquelas nas quais as aves marinhas ainda estão conseguindo se reproduzir. Os resultados foram publicados no artigo Reprodução das aves marinhas nas ilhas costeiras de Santa Catarina, Brasil, na Revista Brasileira de Zoologia.
O estudo de Branco é o primeiro do gênero com tal dimensão. Anteriormente, foram realizados trabalhos em apenas algumas ilhas, por duas duplas de pesquisadores, nas décadas de 80 e 90. O cientista da Univali pretendeu caracterizar as populações de aves presentes nas ilhas estudadas, para que os resultados pudessem ser aplicados em programas de monitoramento e sustentabilidade.
De acordo com o pesquisador, com o auxílio de binóculos e máquinas fotográficas foi feito um levantamento do número de aves encontradas nas ilhas, com o registro de todas as atividades de reprodução, como o número de ovos por ninho, o tamanho das colônias de nidificação, o período de reprodução em cada ilha e os potenciais predadores.
A pesquisa detectou que cinco espécies de aves marinhas nidificam nas ilhas do litoral de Santa Catarina: Sula leucogaster, Fregata magnificens, Larus dominicanus, Sterna hirundinacea e S. eurygnatha.
"As aves marinhas normalmente só se reproduzem em locais ainda isentos de predadores introduzidos pelo homem, como ratos, cães, gatos e eqüinos, que podem devastar a vegetação ou consumir os ovos e filhotes", explicou Branco à Agência FAPESP. "A presença delas é um ótimo indicador para concluir que, apesar de se situarem próximas da costa, essas dez ilhas ainda se mantêm sua biodiversidade em excelente estado de conservação."
Clique aqui para ler o artigo, que está disponível na biblioteca on-line SciELO (FAPESP/Bireme).
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