Reduzir a emissão de CO2 pela indústria do cimento e reaproveitar moléculas de plantas na produção de materiais biodegradáveis são os temas das propostas selecionadas para representar o Brasil no Falling Walls Lab (foto: Kay Herschelmann / Falling Walls Foundation)

Dois brasileiros concorrem em etapa final de concurso na Alemanha
01 de novembro de 2019

Reduzir a emissão de CO2 pela indústria do cimento e reaproveitar moléculas de plantas na produção de materiais biodegradáveis são os temas das propostas selecionadas para representar o Brasil no Falling Walls Lab

Dois brasileiros concorrem em etapa final de concurso na Alemanha

Reduzir a emissão de CO2 pela indústria do cimento e reaproveitar moléculas de plantas na produção de materiais biodegradáveis são os temas das propostas selecionadas para representar o Brasil no Falling Walls Lab

01 de novembro de 2019

Reduzir a emissão de CO2 pela indústria do cimento e reaproveitar moléculas de plantas na produção de materiais biodegradáveis são os temas das propostas selecionadas para representar o Brasil no Falling Walls Lab (foto: Kay Herschelmann / Falling Walls Foundation)

 

Agência FAPESP – O paraense Micael da Silva e o amazonense Victor Freitas vão representar o Brasil na etapa final do Falling Walls Lab (FWL) em Berlim, na Alemanha, nos dias 8 e 9 de novembro de 2019. O concurso tem o objetivo de promover ideias transformadoras e conectar cientistas e empreendedores promissores de todos os campos em nível global.

Os dois finalistas vão apresentar projetos relacionados a alternativas sustentáveis, como um cimento de menor impacto ambiental e o reaproveitamento de moléculas encontradas em plantas para a produção de materiais biodegradáveis.

As etapas classificatórias do concurso aconteceram em Fortaleza (20/9), na Universidade Federal do Ceará (UFCE), e em Belo Horizonte (23/9), na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O escolhido pelo júri como o vencedor do FWL Fortaleza foi Micael da Silva, graduando em engenharia civil do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), que apresentou projeto voltado a reduzir as emissões de CO2 pela indústria do cimento. Ele propõe o uso do resíduo do processo de beneficiamento do caulim, uma argila branca formada essencialmente por materiais sílico-aluminosos. Esse produto é amplamente usado pelas indústrias de papel, de cerâmica e de pigmentos de tintas.

O amazonense Victor Freitas, professor da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), em Minas Gerais, venceu o FWL Belo Horizonte propondo o aproveitamento da estrutura molecular da lignina, um composto existente nos caules e rizomas de plantas, como a cana-de-açúcar. A lignina é um tipo de polímero vegetal e pode ser usada na produção de materiais biodegradáveis, que vão desde medicamentos a peças de veículos, substituindo produtos oriundos do petróleo.

Ao todo, 103 pessoas de todo o Brasil inscreveram-se para os FWL de Belo Horizonte e Fortaleza. Para a etapa cearense, 16 foram convidados e, para a mineira, 15. Cada um fez uma apresentação de três minutos, em inglês. Composto por especialistas da academia, da imprensa e do sistema de inovação, o júri avaliou os candidatos com base em três critérios: o potencial inovador da ideia, impacto e relevância e a qualidade da apresentação.

O concurso e os eventos são promovidos pelo Centro Alemão de Ciência e Inovação São Paulo (DWIH) e pelo Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD).

Além do concurso e da conferência, os vencedores brasileiros poderão participar, na Alemanha, de um treinamento de pitch (apresentação rápida) e de atividades da campanha Research in Germany, do Ministério da Educação e Pesquisa, que deverá incluir a visita a centros de pesquisa e empreendedorismo em Berlim. Os dois ainda terão a chance de visitar uma instituição de pesquisa ou inovação de sua livre escolha em qualquer país da União Europeia, graças ao prêmio adicional da Euraxess Brazil.

Mais informações em: www.falling-walls.com/lab.
 

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