Doença em alface preocupa produtores de SP
07 de julho de 2003

Pesquisa financiada pela FAPESP identificou o fungo causador da "murchadeira" na planta que está se expandindo nas principais regiões produtoras do Estado

Doença em alface preocupa produtores de SP

Pesquisa financiada pela FAPESP identificou o fungo causador da "murchadeira" na planta que está se expandindo nas principais regiões produtoras do Estado

07 de julho de 2003

 

Uma nova doença está se expandindo nas principais regiões produtoras de alface do Estado de São Paulo, tanto em campo como em sistemas hidropônicos. Trata-se da "murchadeira da alface", provocada pelo fungo Thielaviopsis basicola que apodrece as raízes e faz murchar as plantas. A presença do fungo foi identificada por pesquisa da Esalq/USP, financiada pela FAPESP.

A alface é a principal hortaliça folhosa cultivada no Brasil e movimenta cerca de R$ 2 bilhões por ano numa área de aproximadamente 31 mil hectares, gerando, em média, cinco empregos diretos por hectare.

De acordo com o pesquisador da Esalq/USP, Fernando Cesar Sala, as duas variedades da hortaliça cultivadas no Brasil, lisa e americana, são suscetíveis à doença. Sala realizou diversos testes de resistência que confirmaram a ocorrência da doença, também chamada de podridão negra das raízes.

As plantas atacadas pelo fungo apresentam inicialmente manchas escuras nas raízes que, com o avanço da doença, vão se tornando totalmente apodrecidas. O fungo se reproduz por meio de esporos que podem ser transportados pelo vento ou permanecer inertes no solo por três a cinco anos.

Para Cesar Sala, "o método mais eficaz, prático e barato para o controle da murchadeira é o emprego de cultivares resistentes ao fungo". Para solucionar o problema, Sala recomenda a adoção de práticas de manejo adequadas à cultura, como uso de mudas sadias, substrato livre do patógeno, irrigação e adubação apropriadas, além da utilização de espécies resistentes. A pesquisa revelou que as alfaces Raider (do tipo americana), Letícia (lisa), ambas da Seminis, e as alfaces Yuri e PRS 1115 (da Horticeres), mostraram-se imunes à doença.


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