Pesquisa financiada pela FAPESP identificou o fungo causador da "murchadeira" na planta que está se expandindo nas principais regiões produtoras do Estado
Pesquisa financiada pela FAPESP identificou o fungo causador da "murchadeira" na planta que está se expandindo nas principais regiões produtoras do Estado
A alface é a principal hortaliça folhosa cultivada no Brasil e movimenta cerca de R$ 2 bilhões por ano numa área de aproximadamente 31 mil hectares, gerando, em média, cinco empregos diretos por hectare.
De acordo com o pesquisador da Esalq/USP, Fernando Cesar Sala, as duas variedades da hortaliça cultivadas no Brasil, lisa e americana, são suscetíveis à doença. Sala realizou diversos testes de resistência que confirmaram a ocorrência da doença, também chamada de podridão negra das raízes.
As plantas atacadas pelo fungo apresentam inicialmente manchas escuras nas raízes que, com o avanço da doença, vão se tornando totalmente apodrecidas. O fungo se reproduz por meio de esporos que podem ser transportados pelo vento ou permanecer inertes no solo por três a cinco anos.
Para Cesar Sala, "o método mais eficaz, prático e barato para o controle da murchadeira é o emprego de cultivares resistentes ao fungo". Para solucionar o problema, Sala recomenda a adoção de práticas de manejo adequadas à cultura, como uso de mudas sadias, substrato livre do patógeno, irrigação e adubação apropriadas, além da utilização de espécies resistentes. A pesquisa revelou que as alfaces Raider (do tipo americana), Letícia (lisa), ambas da Seminis, e as alfaces Yuri e PRS 1115 (da Horticeres), mostraram-se imunes à doença.
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