Grupo sequencia parte do genoma de um mamute que viveu há 28 mil anos e teve ossos bem preservados pelo gelo (foto: Un. McMaster)
Grupo internacional seqüencia parte do genoma de um mamute que viveu há 28 mil anos. Análise do material revelou uma semelhança de 98,5% com o material genético do elefante africano
Grupo internacional seqüencia parte do genoma de um mamute que viveu há 28 mil anos. Análise do material revelou uma semelhança de 98,5% com o material genético do elefante africano
Grupo sequencia parte do genoma de um mamute que viveu há 28 mil anos e teve ossos bem preservados pelo gelo (foto: Un. McMaster)
Usando uma combinação de novas técnicas, os pesquisadores conseguiram seqüenciar parte do DNA de um mamute que viveu há 28 mil anos onde hoje se encontra a Rússia.
De quebra, o grupo analisou geneticamente diversos outros contemporâneos do animal, como bactérias, fungos, vírus e plantas. Os ossos do mamute e o resto do material histórico, extremamente bem preservados, foram obtidos em uma camada de terra congelada na Sibéria
Segundo os cientistas, o seqüenciamento permite pela primeira vez a comparação da espécie com os elefantes atuais, africanos e indianos, não apenas no nível das mitocôndrias (organelas geradoras de energia), mas também com informações do genoma nuclear.
O motivo é que o estudo resultou na produção de uma grande quantidade de DNA nuclear, que costuma ser menos freqüente do que o mitocondrial, além de ser mais difícil de extrair de fósseis ou outras amostras históricas.
Os pesquisadores analisaram 28 milhões de pares de base de DNA e verificaram que 13 milhões correspondem ao genoma do mamute lanoso. O restante era de microrganismos presentes na tundra. O material resultante foi comparado com o genoma do elefante africano, seqüenciado anteriormente por pesquisadores do Instituto Broad, nos Estados Unidos. O resultado foi uma semelhança de 98,5% nos materiais genéticos dos dois animais.
O estudo foi conduzido por Hendrik Poinar, da Universidade McMaster, no Canadá, e por paleontólogos da Universidade Penn State e do Museu Norte-Americano de História Natural, nos Estados Unidos, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, da Universidade Tübingen, na Alemanha, e da Academia Russa de Ciências.
O artigo Metagenomics to paleogenomics: large scale sequencing of mammoth dna, de Hendrik Poinar e colegas, pode ser lido no site da Science, em www.sciencemag.org.
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