Estudo feito por pesquisadoras da Unicamp destaca que 30% dos alunos residentes em moradias estudantis de Campinas não tomam café da manhã e 63% almoçam em restaurantes universitários (foto: Foca Lisboa/UFMG)
Estudo feito por pesquisadoras da Unicamp destaca que 30% dos alunos residentes em moradias estudantis de Campinas não tomam café da manhã e 63% almoçam em restaurantes universitários
Estudo feito por pesquisadoras da Unicamp destaca que 30% dos alunos residentes em moradias estudantis de Campinas não tomam café da manhã e 63% almoçam em restaurantes universitários
Estudo feito por pesquisadoras da Unicamp destaca que 30% dos alunos residentes em moradias estudantis de Campinas não tomam café da manhã e 63% almoçam em restaurantes universitários (foto: Foca Lisboa/UFMG)
Agência FAPESP – De um universo de 253 residências de moradia estudantil em Campinas, no interior paulista, as pesquisadoras da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Hayda Alves e Maria Cristina Boog selecionaram uma amostra de cem estudantes de graduação e pós-graduação, com idades entre 19 e 39 anos, para um estudo de comportamento alimentar.
Dos entrevistados, 30% não tomavam café da manhã, 72% faziam refeição completa na hora do almoço e 36% tiveram jantar completo. Considerando as três refeições, a de melhor qualidade foi o almoço, sendo que 63% dos entrevistados almoçavam no restaurante universitário.
"Os dados comprovam que, de maneira geral, os restaurantes universitários representam uma forma de garantir a segurança alimentar dos estudantes", disse Maria Cristina Boog, professora do Departamento de Enfermagem da FCM e coordenadora do trabalho, à Agência FAPESP. "Em contrapartida, 30% dos indivíduos afirmaram não fazer desjejum antes de sair de casa, o que constituiu um comportamento preocupante do ponto de vista nutricional."
O trabalho, publicado na edição de abril da Revista de Saúde Pública, foi realizado a partir de entrevistas sobre o recordatório alimentar nas 24 horas anteriores, incluindo questões abertas sobre o sistema de compra de alimentos.
Outro dado que chamou a atenção é que 48% dos entrevistados não comeram fruta e 39% não ingeriram leite. "O leite é um alimento de necessidade básica e as frutas previnem várias doenças. Esse dado mostra a necessidade de orientação a esses estudantes por parte dos serviços de saúde das universidades", conta Maria Cristina.
Segundo o trabalho, o café da manhã é a refeição mais negligenciada e o jantar está cada vez mais cedendo lugar ao lanche. Em média, 60% dos alunos não realizam as três refeições diárias.
Cerca de 69% dos indivíduos entrevistados apresentaram comportamento alimentar individual no que se refere à compra de alimentos. Pão, bolacha e macarrão foram alimentos comprados com maior freqüência, enquanto ovos, carnes e frutas foram os menos adquiridos.
Dos estudantes entrevistados, 43% disseram que comer em companhia de outras pessoas altera a alimentação de modo positivo. "Segundo eles, a refeição fica mais completa quando os alimentos são preparados em grupo. Esse comportamento coletivo é importante tanto para melhorar a qualidade da alimentação como para estimular a própria integração social entre os membros de moradias estudantis", disse Maria Cristina.
Para ler o artigo Comportamento alimentar em moradia estudantil: um espaço para promoção da saúde, disponível na biblioteca eletrônica SciELO (FAPESP/Bireme), clique aqui
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