Brasil e Rússia assinam acordo de proteção de tecnologias e se preparam para trabalhar no desenvolvimento de um estágio a combustível líquido para o Veículo Lançador de Satélites (VLS) (foto: divulgação)

Diplomacia espacial
22 de dezembro de 2006

Brasil e Rússia assinam acordo de proteção de tecnologias e se preparam para trabalhar no desenvolvimento de um estágio a combustível líquido para o Veículo Lançador de Satélites (VLS)

Diplomacia espacial

Brasil e Rússia assinam acordo de proteção de tecnologias e se preparam para trabalhar no desenvolvimento de um estágio a combustível líquido para o Veículo Lançador de Satélites (VLS)

22 de dezembro de 2006

Brasil e Rússia assinam acordo de proteção de tecnologias e se preparam para trabalhar no desenvolvimento de um estágio a combustível líquido para o Veículo Lançador de Satélites (VLS) (foto: divulgação)

 

Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – Os governos da Rússia e do Brasil assinaram, na última semana, o Acordo de Proteção Mútua de Tecnologias Associadas à Cooperação na Exploração e Uso do Espaço Exterior para Fins Pacíficos. O documento prevê a proteção de todos os equipamentos e tecnologias que estejam presentes no intercâmbio entre os dois países.

O acordo marca o começo de um novo estágio na cooperação entre os dois países na área espacial, segundo o diretor de transporte espacial e licenciamento da Agência Espacial Brasileira (AEB), João Azevedo. "A interação com a Rússia, até o momento, envolveu principalmente uma assessoria russa sobre tecnologias brasileiras, dispensando um acordo desse tipo. Mas agora trabalharemos com tecnologias dos dois países e a salvaguarda de tecnologias é fundamental", disse ele à Agência FAPESP.

Segundo Azevedo, desde o acidente com o VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) na base espacial de Alcântara (MA), em 2003, os dois países vêm trabalhando juntos num projeto de revisão crítica do lançador brasileiro. "De agora em diante, existe a perspectiva de trabalhar no desenvolvimento de um novo lançador, substituindo o estágio de propulsão sólida por propulsão líquida", afirmou Azevedo.

O acordo cobre todas as fases da cooperação, segundo Azevedo. "Ele regula a proteção das tecnologias dos dois países envolvidos na totalidade das iniciativas de cooperação previstas, não apenas em um projeto isolado. Esse tipo de acordo é absolutamente essencial quando dois países realizam atividades em conjunto com tecnologias sensiveis", explicou.

As diversas rodadas de negociações que antecederam a assinatura do acordo tiveram participação do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Defesa e da AEB. "O Itamaraty assumiu um papel de liderança nas negociações", disse Azevedo. O documento foi assinado pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação da Rússia, Serguei Lavrov.


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