Livro da Editora Unesp retrata, em lingugagem leiga, os problemas ambientais da região de Botucatu

Difusão do conhecimento acadêmico
28 de dezembro de 2004

Flora e Fauna, um Dossiê Ambiental, lançado pela Editora Unesp, é resultado de dois simpósios realizados em Botucatu, interior de São Paulo, organizados para informar à sociedade as pesquisas feitas na universidade

Difusão do conhecimento acadêmico

Flora e Fauna, um Dossiê Ambiental, lançado pela Editora Unesp, é resultado de dois simpósios realizados em Botucatu, interior de São Paulo, organizados para informar à sociedade as pesquisas feitas na universidade

28 de dezembro de 2004

Livro da Editora Unesp retrata, em lingugagem leiga, os problemas ambientais da região de Botucatu

 

Por Eduardo Geraque

Agência FAPESP - Aumentar o conhecimento científico da população para que as reflexões sobre os problemas ambientais da cidade – e de seus arredores – sejam estimuladas ao máximo. Esse é o princípio básico do livro Flora e Fauna, um Dossiê Ambiental, que acaba de ser lançado pela Editora Unesp.

A obra é fruto de dois simpósios organizados por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista, no campus de Botucatu, nos últimos anos. Organizado pelos ecólogos Wilson Uieda e Lucia Maria Paleari, a publicação reúne artigos que mostram, em linguagem didática, desde as origens geológicas da região de Botucatu, em texto assinado pelo geólogo Marcelo Simões, até as características da fauna de morcegos – especialidade de Uieda – daquela área no interior paulista.

"Os simpósios e o livro representam possibilidades de levar informação científica à população, que pode conhecer quem desenvolve pesquisas e, ao interagir com essas pessoas, esclarecer-se de forma ampla e adequada", disse Lucia Maria à Agência FAPESP. Bióloga da formação e doutora em ecologia, ela é atualmente professora de Prática de Ensino, Ecologia Humana e Ecologia Geral, na Unesp de Botucatu.

Em um processo de difusão do conhecimento, explica Lucia, os desafios também estão do lado de dentro da universidade. "Também para o pesquisador deve existir a preocupação de deixar de lado os jargões técnicos e se fazer entender apropriadamente. Ainda mais na nossa população, em que grande parte é formada por analfabetos funcionais, que lêem palavras e não compreendem textos e contextos", disse.

Os peixes, as aranhas, os microrganismos e o que ainda resta do Cerrado de Botucatu também estão no livro, que está organizado em 14 capítulos. Segundo Maria Lucia, todas as informações são importantes para que "uma nova visão de mundo, que valorize a vida, seja construída".

"Por isso, urge conhecer os mais diferentes aspectos da dinâmica das interações entre seres vivos e ambiente, por meio de abordagens inter e transdisciplinares, assumindo nossa condição de integrantes e dependentes da teia da vida", escreve a pesquisadora na quarta capa do livro.


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