Estudo indica que uma segunda mutação em determinado gene provoca a resistência a dois novos medicamentos contra o câncer de pulmão
(foto:William Pao)

Descoberta causa de resistência à quimioterapia
23 de fevereiro de 2005

Estudo publicado na PLoS Medicine mostra que uma segunda mutação em determinado gene provoca a resistência a dois novos medicamentos contra o câncer de pulmão

Descoberta causa de resistência à quimioterapia

Estudo publicado na PLoS Medicine mostra que uma segunda mutação em determinado gene provoca a resistência a dois novos medicamentos contra o câncer de pulmão

23 de fevereiro de 2005

Estudo indica que uma segunda mutação em determinado gene provoca a resistência a dois novos medicamentos contra o câncer de pulmão
(foto:William Pao)

 

Agência FAPESP - A resistência adquirida à quimioterapia é um dos principais obstáculos para o sucesso no tratamento do câncer. Por conta disso, compreender os mecanismos que levam os tumores a se tornar resistentes a um determinado agente é fundamental para descobrir novos medicamentos ou terapias.

Em artigo publicado na PLoS Medicine, William Pao e colegas do Centro Memorial Sloan-Kettering, de Nova York, nos Estados Unidos, apresentam uma nova luz nesse cenário, ao mostrar as causas da resistência a dois medicamentos recém-aprovados contra o câncer de pulmão.

As drogas, conhecidas como inibidores de quinase, atuam no receptor do crescimento epidermal (EGFR). As duas, gefitinib (Iressa) e erlotinib (Tarceva), têm apresentado benefícios terapêuticos em determinados pacientes com câncer de pulmão, mas não em outros.

Estudos recentes apontaram que os pacientes que respondem aos novos medicamentos geralmente apresentaram mutações no gene EGFR, responsáveis por tornar os tumores mais sensíveis ao tratamento. O problema é que, com o tempo, foi adquirida resistência às drogas. O novo estudo examinou tumores de seis desses pacientes.

Os pesquisadores verificaram que, além das mutações no gene EGFR nos seis, em três deles as células tumorais resistentes provocaram uma segunda e idêntica mutação no mesmo receptor.

Ao examinarem biópsias obtidas antes do tratamento desses e de outros 150 pacientes que não receberam os medicamentos, os autores não encontraram a segunda mutação. Após estudos adicionais em culturas de células, os cientistas verificaram que foi a segunda mutação que causou a resistência tanto à gefitinib quanto à erlotinib.

Os cientistas, entretanto, ainda não conseguiram descobrir o que causou a resistência dos outros três pacientes, que não tiveram a segunda mutação. Apesar disso, em comentário na PLoS Medicine, Gary Gilliand, do Hospital Brigham, em Boston, afirma a importância do trabalho de Pao e colegas e aponta que ele pode ajudar na criação de uma segunda geração de medicamentos contra o câncer de pulmão.

PLoS Medicine: www.plosmedicine.org.


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