Relatório do Banco Mundial e da Universidade de Colúmbia analisa áreas com alto risco de ocorrência de desastres naturais (foto: USAid)

Desastre iminente
06 de abril de 2005

Estudo do Banco Mundial e da Universidade de Colúmbia analisa áreas com alto risco de ocorrência de desastres naturais. Metade da população do planeta está exposta a terremotos, ciclones, erupções vulcânicas, deslizamentos de terra, enchentes ou secas

Desastre iminente

Estudo do Banco Mundial e da Universidade de Colúmbia analisa áreas com alto risco de ocorrência de desastres naturais. Metade da população do planeta está exposta a terremotos, ciclones, erupções vulcânicas, deslizamentos de terra, enchentes ou secas

06 de abril de 2005

Relatório do Banco Mundial e da Universidade de Colúmbia analisa áreas com alto risco de ocorrência de desastres naturais (foto: USAid)

 

Agência FAPESP - Terremotos, erupções vulcânicas, ciclones, deslizamentos de terra, enchentes e secas. Cerca de um quinto da superfície do planeta, onde vive mais da metade da população global, está exposta a pelo menos um desses desastres naturais. Mais de 90 países têm um total superior a 10% de suas populações vivendo em áreas com alto risco de mortalidade por dois ou mais dos fatores listados.

Os números são de um relatório que acaba de ser divulgado, produzido pelo Banco Mundial em parceria com a Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, e o Instituto Geotécnico da Noruega. O objetivo do estudo foi identificar regiões com alto risco no mundo, de modo que sejam criadas iniciativas que permitam reduzir a mortalidade na ocorrência de fenômenos naturais.

Se o risco existe na maioria dos países, em diversos deles a situação é ainda mais complicada. Em locais como El Salvador, Nepal, República Dominicana, Haiti, Honduras e Bangladesh, mais de 90% da população reside em áreas com elevado risco de mortalidade para dois ou mais dos principais desastres naturais.

O estudo mostra também que em nenhum lugar o cenário é tão sombrio quanto em Taiwan, onde 73% da população está exposta a três ou mais dos fatores estudados. Os pesquisadores responsáveis pelo relatório também reafirmaram um fato conhecido: países em desenvolvimento são os que têm mais dificuldades em lidar com as conseqüências dos fenômenos naturais e em se recuperar de seus efeitos devastadores.

"Adversidades geográficas impõem problemas que podem ser resolvidos, especialmente por meio de investimentos e em políticas eficientes de conservação. Entretanto, uma geografia adversa aumenta os custos da solução de problemas em agricultura, transporte e saúde, de modo que tais regiões acabam presas em uma armadilha da pobreza", disse o economista Jeffrey Sachs, diretor do Instituto da Terra, da Universidade de Colúmbia, em comunicado da instituição.

De acordo com o relatório, de 1980 a 2003 o Banco Mundial destinou US$ 14,4 bilhões de dólares em situações emergenciais a 20 países como Índia, Bangladesh, México, China, Honduras e Brasil. Em 19 dessas nações metade de suas populações vive em áreas com alto risco de ocorrência de um ou mais desastre natural.

"Essas estatísticas trazem junto um alerta importante: como parte de qualquer estratégia internacional de redução da pobreza, é imperativo reduzir a vulnerabilidade de países em desenvolvimento a desastres naturais", disse Arthur Lerner-Lam, outro diretor do Instituto da Terra.

Para mais informações sobre o estudo, clique aqui.


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