Relatório do Banco Mundial e da Universidade de Colúmbia analisa áreas com alto risco de ocorrência de desastres naturais (foto: USAid)
Estudo do Banco Mundial e da Universidade de Colúmbia analisa áreas com alto risco de ocorrência de desastres naturais. Metade da população do planeta está exposta a terremotos, ciclones, erupções vulcânicas, deslizamentos de terra, enchentes ou secas
Estudo do Banco Mundial e da Universidade de Colúmbia analisa áreas com alto risco de ocorrência de desastres naturais. Metade da população do planeta está exposta a terremotos, ciclones, erupções vulcânicas, deslizamentos de terra, enchentes ou secas
Relatório do Banco Mundial e da Universidade de Colúmbia analisa áreas com alto risco de ocorrência de desastres naturais (foto: USAid)
Os números são de um relatório que acaba de ser divulgado, produzido pelo Banco Mundial em parceria com a Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, e o Instituto Geotécnico da Noruega. O objetivo do estudo foi identificar regiões com alto risco no mundo, de modo que sejam criadas iniciativas que permitam reduzir a mortalidade na ocorrência de fenômenos naturais.
Se o risco existe na maioria dos países, em diversos deles a situação é ainda mais complicada. Em locais como El Salvador, Nepal, República Dominicana, Haiti, Honduras e Bangladesh, mais de 90% da população reside em áreas com elevado risco de mortalidade para dois ou mais dos principais desastres naturais.
O estudo mostra também que em nenhum lugar o cenário é tão sombrio quanto em Taiwan, onde 73% da população está exposta a três ou mais dos fatores estudados. Os pesquisadores responsáveis pelo relatório também reafirmaram um fato conhecido: países em desenvolvimento são os que têm mais dificuldades em lidar com as conseqüências dos fenômenos naturais e em se recuperar de seus efeitos devastadores.
"Adversidades geográficas impõem problemas que podem ser resolvidos, especialmente por meio de investimentos e em políticas eficientes de conservação. Entretanto, uma geografia adversa aumenta os custos da solução de problemas em agricultura, transporte e saúde, de modo que tais regiões acabam presas em uma armadilha da pobreza", disse o economista Jeffrey Sachs, diretor do Instituto da Terra, da Universidade de Colúmbia, em comunicado da instituição.
De acordo com o relatório, de 1980 a 2003 o Banco Mundial destinou US$ 14,4 bilhões de dólares em situações emergenciais a 20 países como Índia, Bangladesh, México, China, Honduras e Brasil. Em 19 dessas nações metade de suas populações vive em áreas com alto risco de ocorrência de um ou mais desastre natural.
"Essas estatísticas trazem junto um alerta importante: como parte de qualquer estratégia internacional de redução da pobreza, é imperativo reduzir a vulnerabilidade de países em desenvolvimento a desastres naturais", disse Arthur Lerner-Lam, outro diretor do Instituto da Terra.
Para mais informações sobre o estudo, clique aqui.
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