Revista eletrônica ComCiência faz uma reflexão sobre os principais desafios para a inovação tecnológica no Brasil e na América Latina
Nova edição da revista eletrônica ComCiência, do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp, faz uma reflexão sobre os principais desafios para a inovação tecnológica no Brasil e na América Latina
Nova edição da revista eletrônica ComCiência, do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp, faz uma reflexão sobre os principais desafios para a inovação tecnológica no Brasil e na América Latina
Revista eletrônica ComCiência faz uma reflexão sobre os principais desafios para a inovação tecnológica no Brasil e na América Latina
No editorial, Carlos Vogt, coordenador do Labjor e presidente da FAPESP, e Marcelo Knobel, também do laboratório e coordenador do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade da Unicamp, fazem uma retrospectiva do desenvolvimento da ciência e da inovação tecnológica no Brasil. Processo que remonta ao século 18 mas que passou a ser organizado mais sistematicamente apenas após a Proclamação da República, em 1889.
"A partir dos anos 1920 e mais especificamente dos anos 1930, marco da modernização do país, esse esforço institucional acentua e resulta na criação de universidades e centros de pesquisa cujo papel na história mais recente do nosso desenvolvimento científico e tecnológico é fundamental para a qualidade e a quantidade da produção do conhecimento no Brasil", disseram.
Em seguida, Vogt e Knobel descrevem o que chamam de "ponto culminante no processo de institucionalização do fazer científico no Brasil", que é a criação em 1951 do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), que teve mais tarde o nome alterado para Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
O processo se intensifica com a criação da FAPESP, em 1962, de universidades como Unicamp (1966) e Unesp (1976), de agências como a Finep (1967) e o próprio Ministério de Ciência e Tecnologia (1985). "Vivencia-se, desse modo, no país, um esforço permanente para criar as condições de competitividade que lhe permitam participar mais efetivamente da distribuição da riqueza, hoje cada vez mais concentrada em alguns poucos países pelos efeitos da globalização da economia", escreveram.
A edição de nº 57 da ComCiência traz também um artigo de Reinaldo Guimarães, diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia em Saúde do Ministério da Saúde sobre a política de ciência, tecnologia e inovação em saúde do atual governo. Segundo ele, uma das principais características de tal política é a sua flexibilidade. "A definição dos alvos prioritários, os arranjos institucionais mais adequados para cada objetivo e os mecanismos de fomento a serem acionados devem obedecer à avaliação de cada situação específica", escreveu.
Em outro artigo, os uruguaios Rodrigo Arocena e Judith Sutz, da Universidad da República, analisam políticas de inovação adequadas para um novo desenvolvimento na América Latina. "As políticas de inovação para um novo desenvolvimento não somente devem prestar uma grande atenção ao técnico-produtivo mas também ‘inventar’ no institucional e organizativo. Em outras palavras, falta inovação nas políticas", afirmam.
A nova edição da ComCiência também traz diversas reportagens sobre inovação, produzidas pela equipe do Labjor.
ComCiência: www.comciencia.br
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