Investigação baseada em análises numéricas mostra que lagartos com chifres pequenos são mais atacados por predadores. A estrutura incomum na cabeça desse tipo de réptil é usada como mecanismo de defesa
Investigação baseada em análises numéricas mostra que lagartos com chifres pequenos são mais atacados por predadores. A estrutura incomum na cabeça desse tipo de réptil é usada como mecanismo de defesa
Os animais do gênero Phrynosoma são pequenos se comparados com outros do mesmo grupo dos répteis. Na natureza, entre outras estruturas, eles têm chifres sobre a cabeça para se proteger de eventuais ataques de predadores. Grandes pássaros, como o Phrymosoma macalli são grandes apreciadores da carne desse lagarto.
As aves costumam dominar a presa pelo pescoço sobre galhos de árvores. A eficiência da predação é tão grande que apenas a parte mole é retirada. O esqueleto, incluído os chifres, ficam preservados. Esse é o elemento que faltava para os cientistas investigarem.
Kevin Young e Edmund Brodie Jr., ambos da Universidade do Estado de Utah, e Edmund Brodie III, da Universidade de Indiana, conseguiram coletar 29 esqueletos para análise. Depois de medidos, eles foram comparados com o tamanho das cabeças de 155 lagartos vivos, medidos na natureza. O estudo foi publicado na edição de 2 abril da revista Science,
Uma correlação simples entre as duas colunas de dados revelou que, quanto maior o comprimento dos chifres, maior é a expectativa de vida para os lagartos. Esse resultado tem uma importância para a adaptação evolutiva dessa espécie bastante grande afirmam os cientistas.
"Nosso estudo não pretende provar que não existe outros fatores que exercem uma pressão evolutiva sobre o tamanho dos chifres", escreveram os autores. "Mas está claro que o mecanismo de defesa contra os pássaros desenvolvido pelo lagartos é responsável pelo alongamento dos chifres de geração em geração".
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