Primeira edição do Prêmio AEP - Poli de Iniciação Científica é entregue em São Paulo. Aluno e professora da Escola Politécnica da USP receberão R$ 12 mil, dinheiro que vem do bolso de ex-alunos vinculados à Associação dos Engenheiros Politécnicos
Primeira edição do Prêmio AEP - Poli de Iniciação Científica é entregue em São Paulo. Aluno e professora da Escola Politécnica da USP receberão R$ 12 mil, dinheiro que vem do bolso de ex-alunos vinculados à Associação dos Engenheiros Politécnicos
Primeira edição do Prêmio AEP - Poli de Iniciação Científica é entregue em São Paulo. Aluno e professora da Escola Politécnica da USP receberão R$ 12 mil, dinheiro que vem do bolso de ex-alunos vinculados à Associação dos Engenheiros Politécnicos
Primeira edição do Prêmio AEP - Poli de Iniciação Científica é entregue em São Paulo. Aluno e professora da Escola Politécnica da USP receberão R$ 12 mil, dinheiro que vem do bolso de ex-alunos vinculados à Associação dos Engenheiros Politécnicos
Agência FAPESP - O 1º Prêmio AEP - Poli de Iniciação Científica foi entregue na segunda-feira (18/12), na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). O aluno Moisés Ribeiro Abdou, do 4º ano de Engenharia de Transportes da Poli, e sua orientadora Liedi Bernucci receberam R$ 12 mil.
O prêmio tem um diferencial: o dinheiro não veio de uma agência de fomento nem do orçamento da universidade, mas do bolso de ex-alunos vinculados à Associação dos Engenheiros Politécnicos (AEP). São empresários e executivos formados pela Poli que decidiram retribuir à universidade tudo o que conquistaram em sua vida profissional.
"A proposta do prêmio é trabalhar pela produtividade, pela eficiência e pela qualidade dos trabalhos de graduação da Poli, em especial aqueles que tenham características de cunho social ou ambiental", disse o diretor executivo da AEP, Sokan Kato Young, à Agência FAPESP. "Essa é uma oportunidade que encontramos de valorizar o conhecimento dos alunos e, ao mesmo tempo, fazer uma homenagem aos nossos ex-professores", explica.
Segundo ele, a premiação em dinheiro tem objetivo bem definido: servirá para o custeio de uma viagem a uma universidade de excelência. Nesse caso, o aluno e a orientadora deverão conhecer a Escola Politécnica de Paris, instituição de ensino que mantém um covênio de duplo diploma com a Poli.
Os trabalhos que concorreram ao prêmio foram selecionados por um edital lançado pela Poli no começo de 2006. "Os trabalhos inscritos são divulgados em empresas de todo o país, de modo a viabilizar a aplicação prática dos resultados. Com isso, nas próximas edições do prêmio, os próprios ex-alunos da Poli poderão retornar à academia em busca de soluções tecnológicas para os problemas de suas empresas", conta.
Young destaca ainda as atividades de apoio aos alunos de graduação mantidas pela associação, entre elas a concessão de bolsas de estudos para alunos carentes, que, embora tenham passado no vestibular da Fuvest, não teriam condições de arcar com a manutenção de seus estudos. Além disso, há o financiamento a bolsas de iniciação científica para estudantes que não conseguiram verba por meio dos órgãos oficiais de fomento.
"Só em 2006 foram concedidos R$ 270 mil entre bolsas e o prêmio. Esses recursos são oriundos de 1.255 associados contribuintes, que representam cerca de 15% do total de ex-alunos", afirma Young, lembrando alguns nomes ilustres da lista de ex-alunos da Poli: Lucas Nogueira Garcez, Olavo Setúbal, Henrique Meirelles e Mário Covas.
Projeto vencedor
O trabalho "Pavimento ecológico: uma opção para a pavimentação de vias das grandes cidades", de Moisés Ribeiro Abdou, propõe a utilização de resíduos da construção civil em camadas de pavimentos. O projeto analisou a utilização de agregado reciclado de entulho no sistema viário do campus da USP na zona leste de São Paulo.
"Durante os ensaios de caracterização física e mecânica em laboratório, Abdou conseguiu provar que, tecnicamente, os materiais reciclados são tão seguros quanto os materiais nobres, com a vantagem de diminuir os custos da obra em 30% e não poluir o meio ambiente com a destinação inadequada dos resíduos", explica Young, que participou da banca de avaliação do projeto.
Os materiais reciclados são empregados em todas as camadas do pavimento, que vão desde o entulho usinado na base até o revestimento asfáltico com borracha moída derivada de pneus inservíveis de veículos, em substituição aos derivados do petróleo.
O pavimento ecológico pode ser uma alternativa nos grandes centros urbanos, cuja geração de resíduos de construção civil e demolição representa graves problemas ambientais. Somente na cidade de São Paulo, a prefeitura estima que sejam produzidas cerca de 16 mil toneladas de entulhos diariamente.
Sete trabalhos foram inscritos na primeira edição do Prêmio AEP - Poli de Iniciação Científica, que foram apreciados por uma comissão julgadora formada pelos diretores da Associação dos Engenheiros Politécnicos. Em 2007, um novo edital será lançado para a inscrição de novos projetos.
Mais informações: www.aep.poli.usp.br.
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