Cientistas brasileiros e estrangeiros se reúnem para discutir o Catarina, que provocou destruição no Sul do país em 2004 (foto: Nasa)

De olho no fenômeno
19 de maio de 2005

Cientistas brasileiros e estrangeiros se reúnem para discutir o Catarina, que provocou destruição no Sul do país em 2004, e apontar alternativas que melhorem os sistemas de alerta para eventos naturais

De olho no fenômeno

Cientistas brasileiros e estrangeiros se reúnem para discutir o Catarina, que provocou destruição no Sul do país em 2004, e apontar alternativas que melhorem os sistemas de alerta para eventos naturais

19 de maio de 2005

Cientistas brasileiros e estrangeiros se reúnem para discutir o Catarina, que provocou destruição no Sul do país em 2004 (foto: Nasa)

 

Agência FAPESP - Ciclone ou furação? Passado mais de um ano da ocorrência do Catarina, fenômeno que atingiu a costa Sul do país em março de 2004, provocando mortes e estragos, ainda não há entre os meteorologistas um consenso sobre a sua natureza.

Durante os dias 28 e 29 de junho, pesquisadores de instituições nacionais e estrangeiras irão discutir as características do Catarina, comparando-o com fenômenos semelhantes que ocorrem em outros pontos do planeta. O workshop será realizado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A organização está a cargo do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Inpe, e da Sociedade Brasileira de Meteorologia (SBMET). Segundo um dos organizadores, o pesquisador do CPTEC Manoel Alonso Gan, o objetivo do workshop é melhorar a previsão de eventos extremos como o Catarina, que podem vir a ocorrer outras vezes. "Daí a importância de se definir melhor o fenômeno", disse Gan em comunicado do Inpe.

Entre os convidados estão o pesquisador norte-americano Jack Beven, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa), e o australiano Greg Holland, do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR), um dos principais centros meteorológicos dos Estados Unidos. Beven foi convidado por ter defendido, na época do Catarina, que o fenômeno teria sido um furacão. O pesquisador australiano deverá trazer a experiência com os ciclones híbridos, muito comuns na costa da Oceania.

A possibilidade de ocorrência de novos eventos como o Catarina no Sul do país também será tema de palestra e debate. O enfoque será dado a partir da tendência de aquecimento global do clima, que estaria provocando o aumento da temperatura média do Atlântico Sul e possíveis impactos. Os meteorologistas também irão discutir o atual estágio e as limitações da previsão de ciclones intensos e de fenômenos extremos.

Também estará em pauta a possibilidade de melhoria do sistema de alerta para eventos naturais de maior impacto na sociedade, reunindo representantes dos principais centros de previsão de tempo do Brasil. Segundo o Inpe, a idéia é aperfeiçoar o atual sistema de alertas meteorológicos e oferecer condições que permitam maior agilidade aos principais órgãos responsáveis pela mobilização e preparação da sociedade para situações semelhantes à do Catarina.

As inscrições para o workshop já estão abertas e as vagas são limitadas.

Mais informações: www.sbmet.org.br ou (12) 3945-6650.


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