Grupo da Academia Real de Ciências da Engenharia da Suécia visita a FAPESP para levantar possibilidades de aproximação entre academia e indústria (foto: Marcelo Meletti)

De olho na pesquisa brasileira
19 de outubro de 2006

Grupo da Academia Real de Ciências da Engenharia da Suécia visita a FAPESP para levantar possibilidades de aproximação entre academia e indústria

De olho na pesquisa brasileira

Grupo da Academia Real de Ciências da Engenharia da Suécia visita a FAPESP para levantar possibilidades de aproximação entre academia e indústria

19 de outubro de 2006

Grupo da Academia Real de Ciências da Engenharia da Suécia visita a FAPESP para levantar possibilidades de aproximação entre academia e indústria (foto: Marcelo Meletti)

 

Por Fábio de Castro

Agência FAPESP - A FAPESP recebeu nesta quarta-feira (18/10) a visita de membros da Academia Real de Ciências da Engenharia da Suécia (IVA, na sigla sueca). Onze integrantes do Comitê de Pesquisa Industrial da entidade vieram ao Brasil com o objetivo de dialogar sobre as possibilidades de aproximação entre universidades e empresas para desenvolvimento tecnológico.

A reunião teve a participação do diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, e do diretor-presidente da Universidade de Santo Amaro, Ozires Silva, que também é membro da IVA desde 1994. "A IVA é extremamente ativa e realiza anualmente viagens de estudos como esta, para conhecer indústrias de alta tecnologia, instituições de pesquisa e agências de fomento em outros países", disse Silva à Agência FAPESP.

Brito Cruz apresentou aos visitantes informações sobre a atuação da FAPESP e dados sobre a produção científica brasileira. Segundo ele, o desafio prioritário para a tecnologia nacional é fazer com que as indústrias aumentem sua participação em pesquisa e desenvolvimento (P&D). "O Brasil precisa dar mais atenção a P&D nas indústrias. A idéia de que só a academia é responsável pela pesquisa é absolutamente errada", afirmou.

O Brasil tem poucos cientistas na indústria: apenas 23% dos pesquisadores trabalham nos departamentos de P&D de empresas, enquanto na Coréia do Sul são 54% e nos Estados Unidos 80%. "Isso limita a capacidade de conversão do conhecimento em riqueza. A ciência é forte no país, mas a tecnologia fica para trás. Queremos criar um ambiente em que a indústria seja estimulada a pesquisar", disse Brito Cruz.

Silva destacou que a IVA contribui decisivamente para o desenvolvimento industrial na Suécia e que seu Comitê de Pesquisa Industrial tem um papel fundamental no processo. "A participação da indústria na produção de pesquisa tem um dos maiores índices do planeta. Por isso, o diálogo com instituições suecas pode trazer experiências importantes para o Brasil", disse o ex-ministro da Infra-Estrutura.

Além da FAPESP, o grupo visitou a Embraer e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos. Os participantes conhecerão ainda a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Petrobras, a Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Fundação Oswaldo Cruz.


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