Atrair estudantes é a estratégia da Universidade Macquarie, na Austrália, para intensificar sua pesquisa científica e viabilizar ambicioso projeto de expansão. Representante da instituição esteve na FAPESP para discutir possibilidade de convênios (Foto: F. Castro)
Atrair estudantes é a estratégia da Universidade Macquarie, na Austrália, para intensificar sua pesquisa científica e viabilizar ambicioso projeto de expansão. Representante esteve na FAPESP para discutir possibilidade de convênios
Atrair estudantes é a estratégia da Universidade Macquarie, na Austrália, para intensificar sua pesquisa científica e viabilizar ambicioso projeto de expansão. Representante esteve na FAPESP para discutir possibilidade de convênios
Atrair estudantes é a estratégia da Universidade Macquarie, na Austrália, para intensificar sua pesquisa científica e viabilizar ambicioso projeto de expansão. Representante da instituição esteve na FAPESP para discutir possibilidade de convênios (Foto: F. Castro)
Por Fábio de Castro
Agência FAPESP – Quando completar 50 anos, em 2014, a Universidade Macquarie (MQ), na Austrália, pretende estar entre as 50 melhores do mundo. Só que para atingir a ambiciosa meta, será preciso saltar mais de 200 posições no ranking mundial. Por conta disso, a principal estratégia consiste em aumentar a presença de pesquisadores latino-americanos na instituição sediada em Sydney.
Com esse objetivo, a diretora de estudos hispânicos do Departamento de Línguas Européias da MQ, Estela Valverde, esteve na sede da FAPESP, nesta quarta-feira (26/11), onde se reuniu com o diretor-presidente da Fundação, Ricardo Renzo Brentani, para discutir as possibilidades de criação de um convênio que permita o desenvolvimento de projetos conjuntos e o intercâmbio de estudantes entre a MQ e universidades paulistas.
De acordo com Estela, a Universidade Macquarie – uma das 39 existentes na Austrália – tem 32 mil estudantes, sendo 35% estrangeiros. Mas, embora a proporção de estrangeiros seja grande, a maior parte, 84,6%, é proveniente da Ásia, enquanto apenas 3,3% vêm da América Latina.
“Temos um projeto de expansão ambicioso que inclui ampliar ainda mais nossa inserção internacional. Mas não queremos ficar restritos à Ásia. Estamos interessados em trazer doutorandos e pós-doutorandos de outras partes do mundo para passar um ou dois anos conosco. O potencial da América Latina para isso é muito grande”, disse Estela à Agência FAPESP.
Segundo Brentani, a reunião, que discutiu as possíveis modalidades de parcerias, foi um primeiro passo para a aproximação entre a universidade australiana e a FAPESP. “O objetivo da visita é estabelecer relações e eventualmente fazer um convênio entre a MQ e a FAPESP, visando ao desenvolvimento de projetos de pesquisa conjuntos com o intercâmbio de estudantes em nível de mestrado e doutorado”, disse.
Brentani destacou a proximidade entre as áreas de atuação da Universidade Macquarie e as prioridades da Fundação em pesquisa. “Eles têm excelência em setores nos quais a FAPESP mantém grandes programas e projetos, como neurociências, mudanças climáticas, internet avançada, biodiversidade e ecologia.”
Segundo Estela, outras áreas de concentração de excelência da MQ são culturas antigas, comportamento animal, astronomia e astrofísica, ciência cognitiva, ciências da linguagem, fotônica e mudanças sociais, culturais e políticas. A universidade possui quatro faculdades: de Artes, de Ciências, de Ciências Humanas e de Negócios e Economia.
“Temos competência em todas essas áreas, mas atualmente 41,9% dos estudantes estrangeiros se concentram na faculdade de Negócios e Economia. Queremos que a universidade também seja procurada nos outros setores, intensificando a pesquisa nessas áreas de concentração”, disse.
De acordo com Estela, uma maior presença de estudantes da América Latina poderia ajudar a universidade australiana a expandir sua produção em pesquisa científica. “Atualmente, 68% dos nossos estudantes estão na gradução, 27% em pós-graduação lato sensu e apenas 5% em pós-graduação stricto sensu.”
Mudanças recentes na legislação australiana, segundo ela, determinaram que as universidades que se dedicam apenas ao ensino terão as verbas diminuídas. Esse é um dos motivos para que a universidade busque expandir a pós-graduação stricto sensu. Das 39 universidades australianas, 37 são públicas. A MQ tem orçamento anual de cerca de US$ 350 milhões.
“Estamos procurando, em todo o mundo, estudantes em nível de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Estamos agora interessados principalmente em pessoas que já estejam pesquisando, mas querem fazer intercâmbio”, disse Estela.
Universidade Macquarie: www.mq.edu.au
A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.