Da fazenda ao garfo

Republicar

A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.

Agência FAPESP* – Por Eduardo Geraque, de Florianópolis 

Agência FAPESP - As atitudes dos consumidores são muito importantes para que os riscos à saúde, provenientes dos alimentos, sejam bastante reduzidos. A afirmação foi feita no primeiro dia do 22º Congresso Brasileiro de Microbiologia, em Florianópolis, pelo suiço Mike Van Schothorst, consultor da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Segurança Alimentar.

"O hambúrger, que não é um alimento natural, é um bom exemplo. Se ele for bem cozido, o risco à saúde humana será zero", disse à Agência FAPESP. "Outro grande problema são os alimentos comercializados de forma crua."

No congresso na capital catarinense, o cientista, que também já trabalhou na multinacional Nestlé, está abordando uma série de procedimentos científicos importantes para detectar riscos à saúde humana em todas as etapas da cadeia produtiva, ou "da fazenda ao garfo", como gosta de dizer. Para o pesquisador suíço, é sempre importante se perguntar como prevenir, eliminar ou reduzir as fontes de contaminação microbiológica presentes nos alimentos.

"O governo não vai para cozinha, ele não pode fazer muita coisa nesse momento", disse. Para Mike Van Schothorst, a indústria também poderia ter um papel mais eficiente para garantir alimentos com menores riscos. "Mas muitas vezes eles estão mais preocupados em tornar os produtos apenas mais atrativos ao consumidor", disse. 

Para não isentar de importância as regras governamentais, o suíço citou como exemplo um fato ocorrido na Escócia. "Entre 1980 e 1983, a pasteurização do leite passou a ser exigida pelo governo escocês. Em 1985, a ocorrência de Salmonella no leite produzido pelas fazendas do país havia caído em mais de 50%", contou.  

Na opinião do consultor da OMS, a segurança alimentar precisa ser feita sempre com base em tripé formado pela ciência, política e comunicação dos assuntos à sociedade.

<b> Por Eduardo Geraque, de Florianópolis </b>
<p>
<b>Agência FAPESP</b> - As atitudes dos consumidores são muito importantes para que os riscos à saúde, provenientes dos alimentos, sejam bastante reduzidos. A afirmação foi feita no primeiro dia do 22º Congresso Brasileiro de Microbiologia, em Florianópolis, pelo suiço Mike Van Schothorst, consultor da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Segurança Alimentar.
<p>
"O hambúrger, que não é um alimento natural, é um bom exemplo. Se ele for bem cozido, o risco à saúde humana será zero", disse à <b>Agência FAPESP</b>. "Outro grande problema são os alimentos comercializados de forma crua."
<p>
No congresso na capital catarinense, o cientista, que também já trabalhou na multinacional Nestlé, está abordando uma série de procedimentos científicos importantes para detectar riscos à saúde humana em todas as etapas da cadeia produtiva, ou "da fazenda ao garfo", como gosta de dizer. Para o pesquisador suíço, é sempre importante se perguntar como prevenir, eliminar ou reduzir as fontes de contaminação microbiológica presentes nos alimentos.
<p>
"O governo não vai para cozinha, ele não pode fazer muita coisa nesse momento", disse. Para Mike Van Schothorst, a indústria também poderia ter um papel mais eficiente para garantir alimentos com menores riscos. "Mas muitas vezes eles estão mais preocupados em tornar os produtos apenas mais atrativos ao consumidor", disse. 
<p>
Para não isentar de importância as regras governamentais, o suíço citou como exemplo um fato ocorrido na Escócia. "Entre 1980 e 1983, a pasteurização do leite passou a ser exigida pelo governo escocês. Em 1985, a ocorrência de <i>Salmonella</i> no leite produzido pelas fazendas do país havia caído em mais de 50%", contou.  
<p>
Na opinião do consultor da OMS, a segurança alimentar precisa ser feita sempre com base em tripé formado pela ciência, política e comunicação dos assuntos à sociedade.
<br><br><br>