CNPq e MCT lançam concurso para a criação de logomarca das atividades científicas do Programa Antártico Brasileiro (Proantar). O primeiro lugar ganha uma viagem para o continente gelado com todas as despesas pagas
CNPq e MCT lançam concurso para a criação de logomarca das atividades científicas do Programa Antártico Brasileiro (Proantar). O primeiro lugar ganha uma viagem para o continente gelado com todas as despesas pagas
Agência FAPESP - Que tal ganhar uma viagem para a Antártica com tudo pago? O melhor é que, para participar, não é preciso ser cientista, mas apenas usar de uma boa dose de criatividade.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) estão lançando um concurso para a criação da logomarca das atividades científicas do Programa Antártico Brasileiro (Proantar). O ganhador vai para o continente gelado com todas as despesas pagas.
Qualquer residente no Brasil, independentemente da nacionalidade ou do grau de instrução, pode participar, desde que tenha mais de 18 anos na data da viagem, prevista para 13 de dezembro. As inscrições podem ser feitas até 31 de outubro e o resultado sai dia 20 de novembro. Mais informações e a ficha de inscrição estão no endereço www.cnpq.br/areas/terra_meioambiente/proantar/logo.htm.
O Proantar foi criado em 1982 e em dezembro do mesmo ano a Marinha do Brasil realizou o reconhecimento hidrográfico, oceanográfico e meteorológico de áreas no continente para selecionar o local onde seria instalada a futura estação brasileira. O sucesso da Operação Antártica I resultou no reconhecimento internacional da presença brasileira na região, o que permitiu a aceitação do Brasil como parte consultiva do Tratado da Antártica em 1983.
Para que um país assuma essa posição, é exigida a realização de atividades científicas substanciais, que são coordenadas pelo MCT e CNPq. As linhas de pesquisa envolvem ecossistemas marinhos e terrestres, biodiversidade genética, orgânica e ecológica. Os destaques são para as pesquisas sobre as baleias jubarte e minke, que se acasalam e reproduzem na costa brasileira e se alimentam nas águas antárticas.
Também são realizados estudos geológicos, geofísicos, oceanográficos e cartográficos e pesquisas na área de glaciologia para monitorar as variações na massa de gelo e determinar variações na concentração dos gases que causam o efeito estufa, variações da temperatura atmosférica, períodos de maior atividade vulcânica e padrões de circulação na atmosfera e nos oceanos.
A atmosfera antártica, excepcionalmente limpa, a posição do continente e a configuração do campo magnético da Terra propiciam condições ideais para estudos atmosféricos e do geoespaço. O estudo da ionosfera terrestre é importante para o conhecimento dos processos naturais do planeta e são essenciais para a engenharia de telecomunicações e navegação.
O Proantar também tem acompanhado fenômenos atmosféricos de grande escala, como o efeito estufa e o buraco na camada de ozônio, e sua correlação com a incidência da radiação ultravioleta. As atividades são desenvolvidas na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), em três refúgios avançados e a bordo do navio Ary Rongel.
A EACF localiza-se na ilha Rei George e conta com mais de 60 módulos contendo laboratórios, oficinas, enfermaria, cozinha e sala de estar, além de um grupamento de 10 militares da Marinha do Brasil que são responsáveis pela operação da base. A Força Aérea Brasileira realiza sete vôos por ano para levar pesquisadores e suprimentos até o local, e o navio Ary Rongel está equipado com laboratórios para pesquisas nas áreas de meteorologia e oceanografia física e biológica, podendo acomodar 27 cientistas.
Mais informações sobre o Proantar: http://www.cnpq.br/areas/terra_meioambiente/proantar
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