Coutinhoita, um novo mineral

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Agência FAPESP* –Por Eduardo Geraque

Agência FAPESP - O nome é uma homenagem ao professor emérito do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), José Moacyr Vianna Coutinho, que há mais de 40 anos contribui para a mineralogia brasileira e mundial. O novo mineral Coutinhoita está descrito, com todos os seus detalhes físico-químicos, em uma tese de doutorado que será defendida na próxima quarta (11/2), no mesmo instituto.

"As regras estabelecidas pela União Internacional de Mineralogia (instituição que ratifica em todo o mundo as novas descobertas) impedem que seja dado o nome de um novo mineral para qualquer pessoa que tenha participado diretamente do trabalho", disse o candidato a doutor Flávio de Souza à Agência FAPESP. Mas a escolha já havia sido feita para homenagear Coutinho, cujas contribuições estão presentes no trabalho de qualquer geologista.

O novo mineral, de coloração amarelada, é um silicato de urânio-tório. Quando o mineral chegou às mãos dos pesquisadores era impossível saber que se tratava de uma grande novidade. "No início, achamos que se tratava de uma weeksita, que é um silicato de urânio", disse Souza.

Orientado pelo professor Daniel Atencio, o estudo de doutorado recebeu o título de Coutinhoita, um novo silicato de urânio análogo a weeksita. O mineral foi encontrado por um colecionador na mina Urucun, que fica na cidade de Galiléia, em Minas Gerais. 

Mesmo existindo milhares de minerais catalogados no mundo hoje, segundo a lista oficial da União Internacional de Mineralogia, o fato pode ser comemorado do ponto de vista científico. "É bastante rara a descoberta de um novo mineral", disse Souza.

A descoberta feita nos laboratórios do Instituto de Geociências da USP é apenas um passo, embora muito importante, na espiral das pesquisas científicas. Agora, além da identificação, no campo, de novas ocorrências da Coutinhoita, formas de aplicar a descoberta na prática também poderão ser desenvolvidas. "Poderá, quem sabe, ser feito algo no sentido de diminuir a contaminação de depósitos de lixo nuclear", calcula Souza.

O mineral, mesmo antes de ser divulgado para a comunidade mineralógica, recebeu uma homenagem artística. O cartunista Laerte, filho do professor Coutinho, fez tira especial para comemorar a descoberta.

<b>Por Eduardo Geraque</b>
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<b>Agência FAPESP</b> - O nome é uma homenagem ao professor emérito do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), José Moacyr Vianna Coutinho, que há mais de 40 anos contribui para a mineralogia brasileira e mundial. O novo mineral Coutinhoita está descrito, com todos os seus detalhes físico-químicos, em uma tese de doutorado que será defendida na próxima quarta (11/2), no mesmo instituto.
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"As regras estabelecidas pela União Internacional de Mineralogia (<i>instituição que ratifica em todo o mundo as novas descobertas</i>) impedem que seja dado o nome de um novo mineral para qualquer pessoa que tenha participado diretamente do trabalho", disse o candidato a doutor Flávio de Souza à </b>Agência FAPESP</b>. Mas a escolha já havia sido feita para homenagear Coutinho, cujas contribuições estão presentes no trabalho de qualquer geologista.
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O novo mineral, de coloração amarelada, é um silicato de urânio-tório. Quando o mineral chegou às mãos dos pesquisadores era impossível saber que se tratava de uma grande novidade. "No início, achamos que se tratava de uma weeksita, que é um silicato de urânio", disse Souza.
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Orientado pelo professor Daniel Atencio, o estudo de doutorado recebeu o título de <i>Coutinhoita, um novo silicato de urânio análogo a weeksita</i>. O mineral foi encontrado por um colecionador na mina Urucun, que fica na cidade de Galiléia, em Minas Gerais. 
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Mesmo existindo milhares de minerais catalogados no mundo hoje, segundo a lista oficial da União Internacional de Mineralogia, o fato pode ser comemorado do ponto de vista científico. "É bastante rara a descoberta de um novo mineral", disse Souza.
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A descoberta feita nos laboratórios do Instituto de Geociências da USP é apenas um passo, embora muito importante, na espiral das pesquisas científicas. Agora, além da identificação, no campo, de novas ocorrências da Coutinhoita, formas de aplicar a descoberta na prática também poderão ser desenvolvidas. "Poderá, quem sabe, ser feito algo no sentido de diminuir a contaminação de depósitos de lixo nuclear", calcula Souza.
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O mineral, mesmo antes de ser divulgado para a comunidade mineralógica, recebeu uma homenagem artística. O cartunista Laerte, filho do professor Coutinho, fez tira especial para comemorar a descoberta.
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