Pesquisa publicada na edição de outubro do Brazilian Journal of Medical and Biological Research mostra que a eliminação da carne vermelha da dieta, associada à ingestão de vitamina B2, fizeram com que portadores da doença de Parkinson recuperassem funções motoras
Pesquisa publicada na edição de outubro do Brazilian Journal of Medical and Biological Research mostra que a eliminação da carne vermelha da dieta, associada à ingestão de vitamina B2, fizeram com que portadores da doença de Parkinson recuperassem funções motoras
A descoberta está saindo na edição de outubro do Brazilian Journal of Medical and Biological Research , em artigo assinado por Cícero Galli Coimbra, professor do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo, e por Virgínia Junqueira, do Centro de Estudos do Envelhecimento, da mesma universidade.
Os cientistas investigaram um grupo de 19 pessoas – oito homens e 11 mulheres –, que continuaram consumindo remédios para controlar a doença de Parkinson. Depois de receberem um mês de riboflavina, via oral, estavam com suas concentrações de vitamina B2 nos níveis considerados ideais.
Após seis meses de tratamento, os pacientes, observaram os pesquisadores, não apenas tiveram uma estagnação dos sintomas da doença, como registraram uma melhora motora siginificativa do ponto de vista estatístico.
A ausência de riboflavina no sangue dos portadores de Parkinson e a ingestão de carne vermelha apresenta um relação bioquímica estreita. A carne produz uma substância tóxica para as células do ser humano, o que produz alguns tipos de radicais livres. Para que esses compostos sejam eliminados do sangue é preciso que esteja presente uma substância química chamada de glutationa que, após utilizada, apenas pode ser recuperada de forma natural pela própria vitamina B2.
Com os resultados da pesquisa de Coimbra e Virgínia, já se sabe que um tratamento clínico com a interrupção da ingestão de carne vermelha e com a administração de doses de B2 pode dar bons resultados no tratamento da doença. O desafio, a partir de agora, é entender melhor como que esses mecanismos sensíveis à riboflavina ocorrem dentro do corpo humano, em nível celular.
A publicação do estudo teve apoio da FAPESP. O artigo (em inglês) está disponível na biblioteca virtual SciELO. Para ler, clique aqui.
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