Cooperação nuclear com a China
21 de outubro de 2003

MCT anuncia a participação brasileira no programa chinês de energia nuclear, além de demonstrar posição favorável à conclusão da usina de Angra 3. Segundo Amaral, seriam necessários US$ 1,7 bilhão para concluir o projeto

Cooperação nuclear com a China

MCT anuncia a participação brasileira no programa chinês de energia nuclear, além de demonstrar posição favorável à conclusão da usina de Angra 3. Segundo Amaral, seriam necessários US$ 1,7 bilhão para concluir o projeto

21 de outubro de 2003

 

Agência FAPESP - A cooperação com a China não se limitará ao setor espacial. O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, anunciou que uma delegação brasileira estará embarcando para Pequim no próximo mês, com o objetivo de iniciar as discussões sobre a participação do Brasil no projeto de expansão do programa chinês de energia nuclear.

A missão será liderada pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e pela Agência Espacial Brasileira (AEB), além de contar com a participação da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) e das Indústrias Nucleares do Brasil (INB).

O governo chinês está começando a construir quatro novas usinas nucleares e prevê a construção de mais 16 usinas até 2020, além de estarem previstos grandes investimentos em termelétricas e hidrelétricas. Para o Brasil, de acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), os benefícios se dariam por meio da transferência de tecnologia, o que permitiria aumentar a segurança e a eficiência dos reatores brasileiros, além de reduzir o volume de lixo atômico.

Para o presidente da Nuclep Jaime Cardoso, a paralisação da construção da usina Angra 3 estaria pondo em risco o funcionamento da instituição, que fabrica componentes pesados para usinas nucleoelétricas. Segundo Amaral, para concluir o projeto seriam necessários aproximadamente US$ 1,7 bilhão.

A China e o Brasil mantêm ainda programas de cooperação em ciência, biotecnologia, meio ambiente e informática.


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