Novo acordo assinado esta semana em Paris ratifica a posição de liderança do Brasil no cenário internacional de combate à Aids e de apoio as pessoas que possuem a doença
Novo acordo assinado esta semana em Paris ratifica a posição de liderança do Brasil no cenário internacional de combate à Aids e de apoio as pessoas que possuem a doença
A Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro, fechou uma cooperação internacional com o ministério de Relações Exteriores da França e com o programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids.
A entidade brasileira, que atua desde o início do ano com a função de secretariar a rede de atendimento global com pessoas vivendo com Aids, participa das atividades internacionais por intermédio do seu Núcleo de Assistência Farmacêutica. Ela também representa o Ministério da Saúde do Brasil neste acordo internacional.
O grande objetivo desta parceria internacional é desenvolver formas de financiamento para programas considerados de qualidade que visam o atendimento das pessoas com HIV. No congresso realizado em abril na cidade de Havana, Cuba, organizado pelas três entidades que se reuniram esta semana em Paris, as estatísticas mostraram que existe muito trabalho pela frente.
Em toda a América Latina – a pesquisa não considerou os dados do Brasil – apenas 15% das pessoas portadoras de HIV têm acesso à medicamentos do tipo antiretrovirais. A expectativa é que, no próximo ano, mais 400 mil pessoas tenham acesso aos remédios.
O acordo de cooperação também prevê a realização de dois grandes eventos para discutir o tema. Em setembro, deve acontecer uma reunião em Nairóbi, Quênia. No ano que vem, esta marcada a Conferência Mundial sobre Aids, que vai ocorrer em Bangoc, Tailândia.
A chegada da Área de Livre Comércio para as Américas (Alca), em 2005, que vai ampliar a área de atuação de algumas patentes, é considerada um grande entrave para o acesso à medicamentos que combatem a AIDS.
A Agência FAPESP licencia notícias via Creative Commons (CC-BY-NC-ND) para que possam ser republicadas gratuitamente e de forma simples por outros veículos digitais ou impressos. A Agência FAPESP deve ser creditada como a fonte do conteúdo que está sendo republicado e o nome do repórter (quando houver) deve ser atribuído. O uso do botão HMTL abaixo permite o atendimento a essas normas, detalhadas na Política de Republicação Digital FAPESP.