Estudo analisa como o ponto de vista do colonizador britânico foi imposto, em detrimento das idéias humanitárias, em países como Austrália, Nova Zelândia e África do Sul durante o século 19
Estudo analisa como o ponto de vista do colonizador britânico foi imposto, em detrimento das idéias humanitárias, em países como Austrália, Nova Zelândia e África do Sul durante o século 19
Estudo realizado pelo geográfo Alan Lester, da Universidade de Sussex, no Reino Unido, mostra como a tese defendida por outra parte dos britânicos que atravessaram a Europa para o Novo Mundo foi a vencedora. A campanha feita pelos colonizadores era baseada em uma velha máxima: a desigualdade entre as raças era algo inerente ao processo e, portanto, deveria permanecer.
Como os colonizadores que defendiam essa tese estavam atrás de terras, eles se proclamavam superiores do ponto de vista intelectual, moral e espiritual em relação aos habitantes das colônias. Essa campanha, mostra o estudo, esteve presente até nas páginas dos jornais e na correspondência que circulou entre a Europa, a África e a Oceania.
Além das cartas e das linhas feitas por meio da imprensa, os geógrafos britânicos analisaram documentos do próprio governo. Um deles revelava o tratamento nem um pouco cordial dado aos aborígenes entre 1836 e 1837.
Segundo Lester, a análise mostra como o pensamento humanitário, que defendia a igualdade entre os povos, foi minado pelos colonizadores imperialistas em meados do século 19. A desigualdade inerente ao processo, defendida por parte dos britânicos, apenas pode ser aceita, explica o pesquisador, caso as múltiplas regiões colonizadas naquela época sejam analisadas sobre a ótica vencedora.
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