Estudo feito nos EUA revela perfeição das asas dos pterossauros (divulgação)

Controle de vôo
23 de março de 2004

Da parceria entre um paleontólogo e um engenheiro naval sai estudo revelador nos Estados Unidos sobre as asas dos pterossauros. A perfeição das estruturas pode ser aplicada na indústria aeronáutica, acreditam os cientistas

Controle de vôo

Da parceria entre um paleontólogo e um engenheiro naval sai estudo revelador nos Estados Unidos sobre as asas dos pterossauros. A perfeição das estruturas pode ser aplicada na indústria aeronáutica, acreditam os cientistas

23 de março de 2004

Estudo feito nos EUA revela perfeição das asas dos pterossauros (divulgação)

 

Agência FAPESP - Uma engenhosa mistura de pêlos, músculos, pele, tendões, vasos sangüíneos e tecidos nervosos. As asas de um pteroussaro, dinossauro voador que viveu na Era Mesozóica, entre 225 milhões e 65 milhões de anos atrás, eram máquinas de voar tão eficientes que podem ser comparadas às estruturas que sustentam os aviões modernos.

A anatomia das asas do animal pré-histórico sugere que elas funcionavam a partir de sofisticados sensores de vôo, afirma uma pesquisa publicada pela Sociedade Norte-Americana de Geologia. O estudo "Posture, Locomotion, and Paleoecology of Pterosaurus", do paleontólogo Sankar Chatterjee, da Universidade de Tecnologia do Texas, e do engenheiro naval R.J. Templin, do Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá, faz parte de uma série de artigos especiais editados em livretos pela instituição.

De acordo com os cientistas, as fibras presentes nas asas eram responsáveis pela integridade de toda a estrutura e controlavam a superfície da curvatura, oferecendo maior eficiência aerodinâmica. As fibras eram similares às varetas de um guarda-chuva e seguravam as asas quando infladas pelo vento, tanto no vôo como durante as locomoções terrestres.

Além disso, os autores descobriram a existência de uma estreita relação entre o movimento das asas e determinadas estruturas do pavilhão auditivo do animal. Quando o pteroussauro atravessava muita turbulência, o movimento rapidamente era percebido pelos canais semicirculares do ouvido. A reação seria um novo estímulo para as fibras das asas, o suficiente para o vôo voltar a ficar mais confortável.

A postura terrestre dos dinossauros voadores também foi analisada. Segundo os cientistas, eles andavam com os quatro membros, assim como os primatas. Dessa forma, podiam correr com mais eficiência, tanto na decolagem como na aterrissagem.

Para Chatterjee e Templin não existem dúvidas de que o estudo das estruturas de vôo do pterossaros pode contribuir muito com a indústria aeronáutica. Baseado em dez gêneros do animal e em modelos modernos de aviões e helicópteros, os pesquisadores fizeram, no computador, uma série de simulações de soluções possíveis para aplicação industrial.


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