Sistema automático de monitoramento aquático, construído pelo Inpe, é o primeiro a ser instalado em região de florestas alagadas da Amazônia. Equipamento, na Reserva Mamirauá, auxiliará estratégias de conservação

Conservação via satélite
05 de agosto de 2009

Sistema automático de monitoramento aquático, construído pelo Inpe, é o primeiro a ser instalado em região de florestas alagadas da Amazônia. Equipamento, na Reserva Mamirauá, auxiliará estratégias de conservação

Conservação via satélite

Sistema automático de monitoramento aquático, construído pelo Inpe, é o primeiro a ser instalado em região de florestas alagadas da Amazônia. Equipamento, na Reserva Mamirauá, auxiliará estratégias de conservação

05 de agosto de 2009

Sistema automático de monitoramento aquático, construído pelo Inpe, é o primeiro a ser instalado em região de florestas alagadas da Amazônia. Equipamento, na Reserva Mamirauá, auxiliará estratégias de conservação

 

Agência FAPESP – A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no Amazonas, é a primeira região inteiramente composta por florestas alagadas a receber a instalação de um equipamento de monitoramento via satélite integrado às estratégias de conservação do meio ambiente amazônico: o Sistema Automático de Monitoramento Aquático (Sima), construído pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Operando em uma plataforma flutuante no Lago Mamirauá, o Sima foi instalado por iniciativa do Inpe e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, duas das seis organizações que integram a Rede Geoma, do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

O sistema foi financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e recebeu apoio da Rede Geoma e recursos da FAPESP (por meio da modalidade Auxílio a Pesquisa – Regular) e da Coordenação de Observação da Terra do Inpe.

O Sima começou a coletar dados que permitirão respostas a diversas questões de pesquisas em andamento, dentre as quais a que estuda o padrão de distribuição espacial da abundância do pirarucu (Arapaima gigas) nos lagos da Reserva Mamirauá. Peixe de alto valor comercial, o pirarucu só pode ser pescado em áreas de manejo e de cativeiro.

Além de atender às pesquisas, o sistema também permitirá comparar informações de Mamirauá – área praticamente sem impactos humanos e com regras de manejo – com aquelas coletadas no Lago Grande de Curuaí. Também situado no Amazonas, o lago está em uma região degradada e que sofre com a ação do homem.

Segundo o MCT, o Sima permite que se separe o sinal das forças naturais sobre o ambiente aquático daquele produzido pelas ações humanas. Assim essa comparação dará respostas úteis sobre esses dois ambientes.

O Sima mede diversas variáveis ambientais a partir de sensores colocados acima da linha de água, entre elas direção e intensidade de ventos, radiação solar incidente e refletida e temperatura do ar. Já abaixo da linha d´água, ele mede variáveis como turbidez e pH.

Esses dados são adquiridos em alta frequência e transmitidos, em média a cada hora, por satélites brasileiros, ajudando a entender como as propriedades físico-químicas da água se modificam ao longo do tempo, com que frequência e como são afetadas pelas variáveis climáticas – o que pode ajudar a melhorar as estratégias de manejo dos recursos não apenas na Reserva Mamirauá, mas também em outros locais.
 

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