Com a presença de 14 associações internacionais, simpósio realizado no domingo (13/6), durante a Reunião Brasileira de Antropologia, marca o surgimento de uma instituição inédita no setor
Com a presença de 14 associações internacionais, simpósio realizado no domingo (13/6), durante a Reunião Brasileira de Antropologia, marca o surgimento de uma instituição inédita no setor
Agência FAPESP- O trabalho internacional árduo, feito nos bastidores por Gustavo Lins Ribeiro, presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), teve o seu primeiro resultado concreto na tarde de domingo (13/6), em Olinda (PE). Cientistas dos cinco continentes, presentes na Reunião Brasileira de Antropologia, anunciaram a criação do Conselho Mundial de Associações Antropológicas.
"Isso é inédito. Nunca houve uma entidade criada nesses moldes na antropologia mundial", disse Ribeiro à Agência FAPESP, sem esconder o contentamento. Pelo acordo anunciado, a ABA será a primeira facilitadora da rede internacional. Ribeiro, que deixará a associação dentro de um mês por causa do término do mandato, acredita que foi aberta uma possibilidade única para que os antropólogos possam estabelecer cooperações internacionais.
"A antropologia do Brasil tem uma influência anglo-saxã muito grande. Temos agora uma ótima oportunidaden para trocar informações com outras partes do mundo. Temos também que assumir o nosso papel central na América Latina", disse Ribeiro. Na visão do pesquisador ligado à Universidade de Brasília, o país tem condições de buscar com mais força a solução para os seus problemas teóricos dentro da antropologia.
Segundo o português João de Pina Cabral, presidente da Associação Européia de Antropologia, a própria Europa está vivendo uma transformação muito grande na ciência que estuda o homem. "Temos vários processos em andamento, principalmente depois da queda do muro de Berlim e, mais no passado, do fim dos regimes autoritários em países como Espanha e Portugal.
Pelo acordo anunciado em Olinda, o novo conselho deverá trabalhar para a promover a antropologia e o debate científico mundial. A realização de eventos em conjunto e a criação de um website para a troca de informações de forma rápida e ágil também estão previstos no acordo, formatado durante a semana passada em várias reuniões fechadas em Recife.
De acordo com a Associação Brasileira de Antropologia, estiveram no Brasil antropólogos da Índia, França, Gana, Estados Unidos, África do Sul, Canadá, Portugal, México, Austrália, Rússia, Japão e Portugal. Todos assinaram o acordo inédito de cooperação.
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